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Seleção do Irã

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Técnico do Irã ignora vaias: não vim ser perdedor simpático

16 jun 2014 - 20h14
(atualizado às 20h18)
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<p>Português Carlos Queiroz disse que sua equipe atua de forma defensiva porque não tem as mesmas condições das demais seleções</p>
Português Carlos Queiroz disse que sua equipe atua de forma defensiva porque não tem as mesmas condições das demais seleções
Foto: AFP

A atuação extremamente defensiva e com pouca qualidade técnica do Irã no empate sem gols diante da Nigéria, nesta segunda-feira, causou uma cena pouco comum até agora na Copa do Mundo: a torcida presente na Arena da Baixada vaiou muito as equipes no intervalo e, principalmente, no apito final. Para o técnico da seleção iraniana, porém, a insatisfação do público não incomoda. O português Carlos Queiroz saiu satisfeito pelo ponto conquistado diante dos africanos.

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"É normal, se o estádio tivesse só iranianos, não haveria vaias. Já jogamos em nosso estádio nacional com 110 mil pessoas e nunca ouvimos vaias. Alguns preferem apoiar a Nigéria, outros talvez não entendam como a equipe teve que trabalhar para chegar a esse nível. Mas prefiro as vaias de algum pública e ir para casa com um ponto do que ouvir aplausos. Não viemos aqui para sermos perdedores simpáticos e alegres. Peço desculpa ao público, mas esse papel deixo para outros", disse o treinador, levemente irritado.

O próximo jogo do Irã é contra ninguém menos que a Argentina de Lionel Messi, a grande favorita do Grupo F e uma das mais cotadas para levantar o título da Copa do Mundo. Como era de se esperar, a postura do time asiático não vai mudar: os comandados de Queiroz vão recuar, defender-se como podem e tentar levar algum ponto do duelo contra os gigantes sul-americanos.

"Viemos para competir e levar orgulho ao Irã. Se tivermos que lutar 90 minutos para não levar gol, é o que vamos fazer. Daqui a oito anos, quando o Irã tiver jogadores no Real Madrid, Barcelona, Liverpool ou Corinthians, talvez tenhamos outro modo de jogar. Se fosse para vaiar, ninguém precisava trazer times à Copa, a Europa e a América do Sul jogavam sozinhas", criticou o português, citando o clube brasileiro no qual sua seleção fez a preparação no Brasil.

Queiroz também lembrou a série de contratempos superados pelo Irã na preparação para a Copa do Mundo. Com o país enfrentando problemas diplomáticos internacionais e recebendo sanções financeiras, a seleção conseguiu fazer apenas cinco amistosos desde que se classificou há um ano. Até os uniformes viraram um problema, com os jogadores reclamando que as camisas e meiões encolhiam depois de lavados.

"Viemos de um ambiente na Ásia onde não temos a mesmas facilidades, não nos preparamos na mesma condição, não temos jogadores no nosso time. Meus jogadores celebram o trabalho duro, a concentração, a atitude. Foram 90 minutos de jogadores honestos fazendo seu melhor, tentando vencer o jogo. Somos uma nação que veio sem as mesmas condições das outras, não pudemos nem jogar amistosos por causa das restrições econômicas impostas ao Irã. Por isso, disse que veríamos pessoas honestas no campo, jogando contra grandes jogadores", elogiou.

Fonte: Terra
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