“Eles são o futuro da Itália – esperamos que também o presente”. Em 12 de junho, o zagueiro Giorgio Chiellini dava essa declaração sobre os atacantes Mario Balotelli e Stephan El Shaarawy. Passadas três rodadas da Copa das Confederações, metade dessa dupla já nem está no Brasil – Balotelli foi cortado devido a uma distensão na coxa esquerda – e a outra metade vive fase de baixa.
El Shaarawy chegou à Copa das Confederações como possível destaque da Itália. Foi titular no empate sem gols com a República Checa, em Praga, em 7 de junho, pelas Eliminatórias para o Mundial de 2014, mas não agradou e acabou substituído pelo técnico Cesare Prandelli. Já no Brasil, sofreu com dores musculares, ficou afastado de alguns treinamentos e só jogou 18 minutos até aqui na competição.
Mesmo sem atuar, o nome do jovem atacante, 20 anos, frequenta as capas dos jornais italianos. Ele já foi especulado em clubes como Manchester City e Paris Saint-Germain, que estariam dispostos a pagar cerca de 30 milhões de euros (R$ 87 milhões) para tirá-lo do Milan. Nesta terça-feira, o diário Gazzetta dello Sport citou outro suposto interessado: o Real Madrid, que aceitaria ceder Kaká e pagar mais 25 milhões de euros (R$ 73 milhões) para contratar o italiano.
Até para ser preservado das possíveis perguntas sobre seu futuro, El Shaarawy não dá declarações. O jogador não concedeu nenhuma entrevista desde que chegou ao Brasil: nem em conferências de imprensa, que segundo a assessoria da Itália são organizadas somente para os atletas que querem falar; nem na zona mista, espaço no qual os jogadores passam perto dos jornalistas ao fim de cada partida da Copa das Confederações.
Se El Shaarawy não fala, os outros falam por ele. “Stephan é jovem, mas creio que saiba entender o que é mais importante neste momento. As pessoas falam tanto de mercado porque fantasiam sobre os times do próximo ano, gostam de saber”, opina o meia Claudio Marchisio, da Juventus.
“É ainda um garoto que colocou o Milan nas costas por metade da última temporada. É normal que tenha se apagado um pouco em nível físico e mental, são altos e baixos normais de um jovem de 20 anos. Mas ele é muito humilde e seguramente quer mostrar também na seleção que é um grande jogador”, afirma o lateral direito Ignazio Abate, seu companheiro de clube.
Contundido, Mario Balotellli volta para a Itália; veja:
“El Shaarawy parece muito relaxado e espero que ele continue sendo o nosso presente e o nosso futuro. Essa fofoca sobre transferências não o distrai. Não acho que ele vai sair, é um símbolo do Milan”, completa o lateral esquerdo Mattia De Sciglio, também do time rubro-negro.
Após só disputar uma partida na Copa das Confederações – entrou aos 27min do segundo tempo na derrota por 4 a 2 para o Brasil –, El Shaarawy ainda tem mais uma grande oportunidade no torneio: a semifinal entre Itália e Espanha, marcada para a próxima quinta-feira no Estádio Castelão.
O jovem deve ficar novamente na reserva, visto que Alberto Gilardino é o provável substituto de Balotelli. Caso vá a campo, El Shaarawy disputará a décima partida pela seleção principal e pode mostrar por que Cesare Prandelli fez tanta questão de levá-lo ao Brasil, tirando-o do Campeonato Europeu Sub-21 que ocorreu simultaneamente à Copa das Confederações.
Caso jogue bem, é provável que El Shaarawy finalmente fale. E deixe de se destacar apenas pelo cabelo moicano, pelo fato de ser filho de pai egípcio, pelo apelido de “Faraó”, pela grande amizade com Balotelli. E pelo possível envolvimento na saída de Kaká do Real Madrid.
Na tarde desta terça-feira, a seleção da Itália treinou em Fortaleza; o time se prepara para enfrentar a Espanha no Castelão
Foto: Bruno Santos / Terra
O goleiro Buffon ensaiou alguns chutes
Foto: Bruno Santos / Terra
O meio-campista Candreva correu pelo gramado
Foto: Bruno Santos / Terra
Antes do treino, alguns jogadores concederam entrevista
Foto: Bruno Santos / Terra
O principal tema das perguntas era uma supostas festas com mulheres pelos jogadores espanhóis
Foto: Bruno Santos / Terra
Espanha e Itália se enfrentam na próxima quinta-feira, no Estádio Castelão, pela semifinal da Copa das Confederações
Foto: Bruno Santos / Terra
Durante a entrevista, Marchisio admitiu que a Espanha "é o time mais forte" do mundo na atualidade
Foto: Bruno Santos / Terra
A sensação de "revanche", palavra que o próprio Marchisio ressaltou que deve ser utilizada entre aspas, é motivada pela derrota por 4 a 0 para a Espanha na final da Eurocopa de 2012, disputada na Polônia e na Ucrânia
Foto: Bruno Santos / Terra
Naquela mesma competição, pela primeira rodada, a Itália saiu na frente da seleção ibérica em partida que terminou empatada por 1 a 1 - segundo o jogador da Juventus, é esse duelo que deve servir de base para o reencontro, desta vez em Fortaleza
Foto: Bruno Santos / Terra
O time teve uma baixa e vai ter que enfrentar o novo adversário sem Balotelli, que se machucou
Foto: Bruno Santos / Terra
Maggio, Bonucci e Astori durante o treino da Itália
Foto: Bruno Santos / Terra
O volante Andrea Pirlo ficou de fora da partida contra o Brasil no último sábado, mas voltou a treinar com os companheiros nesta terça-feira
Foto: Bruno Santos / Terra
O técnico Prandelli disse em entrevista na última segunda-feira que a Espanha é uma equipe "quase impossível de derrotar", mas "não é perfeita"
Foto: Bruno Santos / Terra
Compartilhar
Publicidade
<b><b><a data-cke-saved-href="http://www.terra.com.br/esportes/infograficos/iframe-tabela/gols-3d/iframe.htm" href="http://www.terra.com.br/esportes/infograficos/iframe-tabela/gols-3d/iframe.htm">veja o infográfico</a></b></b>