Esquiador repensa aposentadoria por medalha que ainda falta
- BILL PENNINGTON
A última prova de Bode Miller nas Olimpíadas de Vancouver durou menos de 10 segundos, quando ele errou o percurso no início e esquiou para fora da competição do slalom masculino no último sábado. Mas, posteriormente, ele disse que a experiência de múltiplas medalhas nos Jogos de Inverno 2010 tornou viável a possibilidade de continuar a carreira na corrida de esqui após esta temporada.
"Eu precisava ser inspirado e sentir prazer esquiando. E eu aprecio isso agora muito mais do que antes", disse Miller.
Questionado se ainda estaria competindo daqui a um ano, o americano, 32 anos, não deu uma resposta definitiva - algo comum em sua vida. Porém, afirmou que "existe uma boa chance de isso acontecer. Essas foram duas semanas incríveis. Eu não poderia estar mais feliz".
Na atual Olimpíada, Miller ganhou uma medalha de ouro no supercombinado, uma de prata no super G e uma de bronze no downhill, tornando-se o esquiador alpino olímpico mais condecorado da história americana, com cinco medalhas na carreira. Ele ganhou medalhas olímpicas em quatro eventos diferentes.
No sábado, o atleta tentou chegar a cinco medalhas em cinco eventos olímpicos; o slalom é o único evento em que jamais subiu ao pódio. No entanto, um percurso difícil sobre a neve molhada e pegajosa fez vários corredores não chegarem ao fim, incluindo Miller, que teve problemas praticamente desde o início.
"Não tive chance de me ajustar a como meus esquis estavam reagindo a esse tipo de neve", disse. "É uma falta de sorte sair tão no começo, mas é preciso assumir riscos desde o início no slalom, e foi o que eu fiz".
Assumir riscos foi um atributo importante para a equipe de esqui americana durante a Olimpíada, de acordo com Miller. "Estou realmente orgulhoso de nossa equipe", afirmou, referindo-se especialmente a Lindsey Vonn, também campeã no Canadá.
"Batalhamos desta vez. Não tivemos medo. Tivemos firmeza. Com Lindsey e os demais, sempre fomos agressivos".
Miller disse ainda que teve sorte por ter ganhado três medalhas em suas três primeiras corridas. "Quando estava no três em três, as pessoas deviam estar comentando, 'esse cara é mesmo muito bom', mas não é assim simples", disse Miller.
"As coisas aconteceram do meu jeito. Isso não ocorre com frequência. Gostaria de ter terminado um pouco mais forte, mas estou bem. Isso foi único e inacreditável. Era isso que eu precisava sentir novamente".
Quando lhe perguntaram se ele voltaria em 2014 para tentar a medalha inédita no slalom, Miller riu e disse: "é, talvez".
Entenda a prova de slalom do esqui alpino
O slalom tem o percurso mais curto e as voltas mais rápidas do esqui alpino. Assim como no slalom gigante, os competidores descem a montanha duas vezes, em direções diferentes, mas com a mesma inclinação. Os tempos são somados e o atleta mais rápido fica com o ouro.
O número de portas (espécies de obstáculos feitos com hastes e bandeira) costuma ser de 60 a 65 para homens e 50 a 55 para as mulheres. Ocasionalmente, um competidor que perdeu uma porta termina o percurso e consegue um tempo oficial, mas é punido. O atleta também pode ser desclassificado caso o replay mostre que ele não passou corretamente por alguma das portas.
Jogos Olímpicos de Inverno no Terra
O Terra transmite ao vivo a competição em 15 canais simultâneos de vídeo. Além disso, os usuários têm a possibilidade de assistir novamente a todo o conteúdo a qualquer momento. Todo o acesso é gratuito.
Uma equipe de 60 profissionais está encarregada de fazer a cobertura direto de Vancouver e dos estúdios do Terra, em São Paulo, no Brasil, com as últimas notícias, fotos, curiosidades, resultados e bastidores da competição.
A equipe conta com a participação do repórter especialista em esportes radicais Formiga - com 20 anos de experiência em modalidades de neve -, e o pentacampeão mundial de skate Sandro Dias, que comenta a competição em seu blog no Terra.
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Tradução: Amy Traduções
