Aos 37 anos, Isabel Clark lamenta tombo e evita falar em aposentadoria
Principal nome da equipe brasileira em Sochi 2014, a brasileira Isabel Clark deixou escapar a chance de voltar a disputar uma semifinal olímpica do snowboard boardercross, em prova realizada neste domingo no Rosa Khuktor Extrema Park.
A atleta, 37 anos, fez o 12º melhor tempo na primeira eliminatória entre as 24 participantes e entrou nas quartas de final como uma das favoritas a conseguir uma das três vagas para a fase seguinte.
Na bateria, a brasileira largou mal e estava se recuperando após a queda da canadense Maelle Ricker, campeã olímpica em Vancouver. Quando se aproximava de conseguir um dos três primeiros lugares, a atleta se assustou com outra que havia acabado de cair e também sofreu uma queda. Mesmo após o incidente, Isabel voltou à pista para ficar em 14º lugar no geral.
“A minha largada não foi tão boa e eu saí um pouquinho curta, mas fui ganhando velocidade e ultrapassando. Outras foram caindo e muita coisa acontecendo. No penúltimo salto, um salto grande com aterrissagem dura, eu acabei me distraindo e ao ver uma menina caindo na minha frente, eu também caí”, avaliou.
A atleta brasileira lamentou a organização ter liberado apenas dois dias de treinos para a pista do boardercross. Além disso, ela treinou apenas bateria com uma rival ao lado, enquanto na competição eram seis disputando a bateria. “O ideal seria treinar mais vezes para essa situação. Dois dias de treinos não foram suficientes. O ski cross (freestyle) vai ter quatro dias de treino na pista”, reclamou.
Isabel, nona colocada em Turim 2006, evitou fazer planos a longo prazo. A brasileira estará com 41 anos se decidir disputar os Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, em 2020.
“Não sei ainda. Faltam quatro anos. Não vou parar agora. Com o tempo vou decidir se eu irei ou não. Tem mais duas etapas de Copa do Mundo nesta temporada, e vamos pemsar se vamos até o final do circuito. Vamos vendo aos pouquinhos”, comentou.
