Ana Marcela vai ao pódio, mas estrangeiros dominam Maratona Aquática
29 jan2012 - 15h25
(atualizado às 16h34)
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Klaus Richmond
Direto de Santos
Ana Marcela Cunha salvou o dia dos brasileiros, com a terceira colocação entre as mulheres, na Maratona Áquatica Internacional de Santos, primeira etapa da Copa do Mundo da Fina (Federação Internacional de Natação).
A prova deste domingo foi amplamente dominada pelos estrangeiros e teve o grego Spyridon Gianniotis e a italiana Martina Grimaldi como vencedores, ambos já com vagas asseguradas para os Jogos de Londres 2012.
A nadadora baiana, no entanto, não seguirá para Setúbal, em Portugal, para a última seletiva olímpica, já que está como reserva entre as que vão aos Jogos Olímpicos devido ao 11º lugar no Mundial de Xangai, no último ano. Para entrar, precisará contar com a desistência de alguma rival. Poliana Okimoto é a representante do Brasil, mas não participou da prova em Santos.
Allan do Carmo, por sua vez, confirmou presença para a última tentativa de ir a Londres, já que ficou como o melhor entre os brasileiros (22º). Agora, precisará de um bom desempenho em Setúbal. Lucas Kanieski, 24º, também disputará a seletiva por ter sido o segundo melhor brasileiro na prova. A informação foi confirmada pela CBDA, por meio de seu Twitter oficial.
A prova foi iniciada com atraso e contou com a desistência prococe da brasileira Ingrid França após quebra dos óculos em contato involuntário com uma nadadora americana. Além dela, a alemã Nadine Reichert, a canadense Caitlin Nolan, a americana Heid George, e o espanhol Hector Ruiz também não completaram a prova.
Durante o percurso, o Brasil chegou a liderar no masculino com Matheus Evangelista, que acabou ultrapassado. No feminino, Ana Marcela Cunha manteve-se entre as seis primeiras e deslanchou no fim, terminando na terceira colocação.
O resultado final, porém, só foi divulgado bem depois do término da maratona, pois ainda gerava dúvidas na chegada tanto do feminino quanto do masculino. A CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) ainda não divulgou oficialmente as demais colocações.
Aos 16 anos, fenômeno teen da natação e favorita em Londres vive dilema: continuar competindo como amadora em equipes colegiais, o que ela adora; ou profissionalizar-se e começar a ganhar muito dinheiro. Conheça a americana Missy Franklin
Foto: Getty Images
Melissa "Missy" Jeanette Franklin, 16 anos, é a mais nova estrela teen da natação americana. Já é tida como uma das favoritas para mais de uma prova nos Jogos Olímipicos de Londres. E, junto com a equipe americana, é detentora do recorde mundial do revezamento 4x100 m medley, e individualmente, dos 200 m costas em piscina curta
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No ano passado, em Xangai, Missy Franklin participou pela primeira vez de um Campeonato Mundial em piscina longa. Ela conquistou nada menos que cinco medalhas, sendo três de ouro (revezamento 4x200 m livre, 200 m costas e revezamento 4x100 m medley), uma de prata (revezamento 4x100 m livre) e uma de bronze (50 m costas). O feito contribuiu para que ela fosse eleita a Nadadora do Ano da Fina (Federação internacional de Natação)
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Franklin vive atualmente um grande dilema: profissionalizar-se, o que lhe renderá generosos prêmios em dinheiro, contrato com fornecedores de material esportivo, e patrocínio; ou manter-se amadora, estudar em uma universidade e continuar fazendo o que mais gosta, que é competir em uma equipe. "A equipe é muito importante para mim", diz Franklin. "Eu amo fazer parte de um time. Para mim, é uma das melhores sensações do mundo"
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Se a jovem nadadora decidir se profissionalizar, terá que abrir mão das competições organizadas pela NCAA, instituição responsável pelo esporte universitário e colegial nos Estados Unidos
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Por causa de sua vontade de competir por uma equipe colegial, Franklin já deixou de ganhar R$ 225 mil em prêmios e recusou três ofertas de patrocínio. Sua mãe, uma médica, largou o trabalho com desenvolvimento de pacientes com deficiência para cuidar da agenda da filha e ser sua "assessora de imprensa"
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Comparações com o fenômeno Michael Phelps já existem. Uma grande diferença é que ele se tornou profissional com apenas 15 anos, o que o permitiu contratar um agente, e claro, ficar com o dinheiro das premiações. Os pais de Franklin já discutiram sobre como as perspectivas podem mudar depois dos Jogos de Londres, onde ela pode disputar até sete provas. Phelps, por exemplo, recebeu um bônus de R$ 1,74 milhão da Speedo, seu patrocinador, por ter vencido os oito ouros em Pequim
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Mesmo depois de ver a filha no topo dos mais importantes pódios mundiais, os pais de Missy ainda se deleitam ao vê-la competir pela Regis Jesuit High School, sua equipe colegial. "É muito divertido se sentar e ver aquelas garotas tão animadas", afirma o pai, Dick, um executivo de uma empresa de tecnologia de limpeza. "Estas são pequenas coisas que mantêm a natação como um todo, divertida para ela"