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Jogos Olímpicos - 2012

Bernard: "Brasil carece de centro olímpico de treinamento"

16 jul 2012 - 09h09
(atualizado em 17/7/2012 às 14h02)
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Celso Paiva
Marcelo do Ó
Direto de Londres

Responsável por comandar a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, o ex-jogador de vôlei e ex-ministro dos Esportes Bernard Rajzman conhece detalhes - entre virtudes e problemas - do esporte olímpico brasileiro. Mesmo ressaltando ser essa a melhor preparação do País para uma Olimpíada, admite que ainda falta estrutura e um olhar mais voltado ao trabalho de base para o Brasil se tornar de verdade uma potência olímpica. "Com relação a futuro, o Brasil carece de centro olímpico de treinamento. Nós não temos nenhum ainda, enquanto a China (líder do quadro de medalhas em Pequim 2008) tem 200, a Inglaterra tem 30 e os Estados Unidos tem um monte."

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Em entrevista de mais de uma hora concedida ao Terra, ao lado do Parque Olímpico, Bernard mostrou que sua tranquilidade não serve somente para organizar os mais de 250 atletas que estarão na Vila Olímpica a partir desta segunda-feira. Enfrentou chuva e teve de aguentar até a proibição de um segurança de uma estação de metrô, que impediu que a filmagem fosse feita em frente ao local. Na conversa, além de destacar a falta de estrutura para os mais jovens, Bernard crê que a cultura do brasileiro de preferir esportes coletivos, que garantem apenas uma medalha por equipe, ajuda a impedir o País de entrar no top 10 olímpico.

"O fato de o Brasil ter a cultura para esportes coletivos nos prejudica por conta da contabilidade de medalhas. Se formos contabilizar número de medalhas que o Brasil obteve por atleta, ao invés de modalidade, estamos entre os 10 primeiros". Para o dirigente, a mudança de mentalidade pode começar após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. "Um legado grande que ficará após os Jogos de 2016 é o Parque Olímpico, localizado no Autódromo de Jacarepaguá. Grande parte desse Parque Olímpico será transformado em um centro olímpico, com experiência de consultores internacionais para que a gente não erre e possa desenvolver várias modalidades, além das tradicionais e coletivas, outras que possam nos trazer mais medalhas", disse.

O dirigente falou ainda sobre a polêmica envolvendo o corte de Jade Barbosa, os perigos das facilidades que os atletas encontrarão na Vila Olímpica, além de comentar um pouco sobre o atual momento do vôlei nacional, esporte no qual fez sucesso.

Confira na íntegra a entrevista com o chefe de missão do COB nos Jogos Olímpicos de Londres:

Terra - Já se acostumou com a burocracia que tem aqui?

Bernard -

É normal. O inglês é muito metódico. É um povo que é pontual, um povo correto. Nós brasileiros não temos essa forma de lidar com as coisas, com atraso, essas coisas. Mas é bom, porque tem muito a ver com o esporte, com o atleta. Um atleta se não for pontual e atrasar no treino, muitas vezes é multado em algum aspecto, então isso é bom em termos de disciplina.

Terra - O que esta Olimpíada deixa de exemplo para o Rio de Janeiro, pensando em 2016, tanto na parte de estrutura como na parte esportiva?

Bernard -

O pouco que a gente teve de conhecimento desde que tomamos posse na nossa área dentro da Vila e já conhecedores dos locais de competição, de toda a infraestrutura que foi criada ou reformada para os Jogos, nos dá a certeza de que serão grandes Jogos. Isso nós não temos a menor dúvida. Possivelmente até os melhores Jogos. Isso, provavelmente, teremos como mensurar após se encerrar a competição. Com relação ao que fica de legado para o Brasil, já existe uma relação fantástica entre o Comitê Organizador dos Jogos de Londres (Locog) com o nosso Comitê de Rio 2016. Existe uma comunhão de interesses, uma integração total e nós estamos buscando através dos nossos consultores, não só os internacionais como os que vieram do Brasil, para entender um pouco e buscar o que há de melhor para poder adaptar a nossa realidade dentro do País e do Rio de Janeiro, que almeja mostrar o quanto o povo brasileiro é capaz de executar um evento deste grande porte.

Terra - Durante a inscrição da delegação brasileira, que leva um longo tempo para ser feita, tem alguma coisa no jeito do inglês que causou algum tipo de incômodo, por ter de esperar muito ou algum outro tipo de dificuldade?

Bernard -

Acho que a maior dificuldade foi quando a gente tinha acabado e entramos em um programa novo, que o COB desenvolveu, que faz as transferências das credenciais transitórias, que são daqueles treinadores, médicos e dirigentes que entram e saem (da Vila) dependendo das necessidades e demandas das delegações. Há um esquema de rodízio e isso é uma logística complicada de fazer. Quando apresentamos esta situação, eles quiseram revisar nome por nome, de novo, das pessoas que entrariam com essas credenciais transitórias e uma reunião que duraria sete horas, chegou a dez horas. O resto foi tranquilo, eles têm sido muito simpáticos. Eles têm interesse no Rio de Janeiro. O pessoal do Locog vai precisar da gente também lá. O princípio da reciprocidade tem sido muito bom nesse sentido.

Terra - Você disse nos Jogos Pan-Americanos que os atletas têm de se preocupar para não deixar a presença na Vila Olímpica virar uma Disneylândia, por conta das comidas e facilidades do local. O que você tem a dizer sobre o que viu desta Vila neste assunto. Como é a "Disneylândia londrina"?

Bernard -

Isso em toda Olimpíada ocorre. À medida que o tempo passa, o movimento olímpico cresce em todos os aspectos. Naturalmente, quando a gente se refere a Disneylândia, se refere a um local que o atleta não está habituado, onde ele tem todo tipo de alimentação necessária e extras. Dentro do restaurante da Vila, que consegue abrigar até cinco mil atletas ao mesmo tempo, você tem comida árabe, chinesa, sul-americana, fast-food, pizza, tudo que você quer tem dentro. Isto tudo ao alcance de qualquer cidadão que está lá credenciado. Isso se torna, de fato, um problema com a questão alimentar.

O segundo problema é o impacto que os mais jovens têm ao encontrarem seus ídolos de modalidades esportivas iguais ou diferentes às deles. Aqui você vai encontrar os atletas mais importantes do mundo, é o ápice do esporte. Fora isso, a própria Vila Olímpica que é um lugar de luxo, de conforto. Pela primeira vez, ela tem os canais abertos do mundo inteiro, inclusive do Brasil, além dos canais exclusivos que passam todas as competições dos Jogos Olímpicos, onde os atletas que estejam dentro do seu apartamento vão ligar e ver a competição que quiserem ao vivo. São novidades que cada vez crescem. A gente tem que se preocupar e passar nosso conhecimento de vida. Para isso temos chefes de equipe dentro de cada modalidade, que nos reportam tudo e ajudam a criar este senso de importância deste momento de antes e durante os Jogos. A Disneylândia tem que ser aproveitada depois, após acabar a competição, principalmente se nós trouxermos as medalhas e os resultados esperados.

Terra - Ainda neste assunto, dentro da Vila Olímpica tem uma distração preocupante que é o "The Globe", uma espécie de pub sem bebida alcóolica, mas que tem shows noturnos, um estúdio, onde os atletas podem gravar músicas, além de vários jogos. Isto também é complicado para manter a disciplina, não é?

Bernard -

Entretenimento é o que não falta. Terão shows noturnos, telões. A gente ainda não sabe exatamente o que (nos espera). Sem falar na abertura, que é emblemático. Sempre é dito que as edições que têm grandes cerimônias de aberturas, os Jogos seguem o mesmo ritmo. Então, os ingleses têm grandes surpresas para este evento que não sabemos quem são. A gente até brinca dizendo que o Michael Jackson não morreu, que o John Lennon está vivo e que eles vão aparecer no show. Pelo que eles têm de experiência neste assunto, por terem grandes cantores e produzirem excelentes shows, temos certeza que será uma abertura grandiosa.

Terra - Há alguns meses você rebateu uma declaração do Chris Hale, executivo do grupo Intercontinental, que ajudou a montar a Vila Olímpica. Na ocasião, ele disse que os atletas brasileiros eram vistos como uma preocupação por serem muito baderneiros. Após o episódio, ele já se retratou? O que você tem a dizer sobre o caso?

Bernard -

Ele certamente não deve ter conhecido o que é o brasileiro quando ele se empenha, quando ele se dedica. Os nossos atletas não tem essa fama de bagunceiros, pelo contrário. Existem países que tem sim (essa fama de bagunceiros). Talvez, por falta de informação, eles tenham se confundido. Aliás, acho que ele não está nem mais aí (na Vila). Ele foi afastado, provavelmente por essa colocação. Ele não pode ter preconceito com ninguém. Nem com aqueles que de fato possam eventualmente se comportar dessa forma.

Terra - Todo mundo inscrito na Vila Olímpica. Quais passam a serem as preocupações de vocês a partir de agora?

Bernard -

Preocupação é a chegada das delegações. Existe uma série de equipes que vêm de lugares diferentes, a grande maioria está indo para o Crystal Palace, fazendo aclimatação. Um centro olímpico de treinamento, até antigo, e que se transformou em um centro olímpico de aclimatação da delegação brasileira. Onde aos atletas que optarem por estar ali, serão oferecidos os melhores equipamentos de preparação: piscinas, ginásios, pista de

atletismo

, academia de musculação. Além disso, tem um hotel que não é cinco estrelas, mas totalmente adaptável a qualquer atleta que precisa treinar muito bem, próximo do local de treino e uma alimentação fantástica com uma cozinheira brasileira. Além destes, tem outros atletas que vêm de outras cidades como Ipswich, Sheffield e do mundo inteiro se encontrar aqui. A partir desta segunda-feira, todo dia estará chegando um e estaremos sempre neste revezamento de entrada de atletas durante a competição.

A Vila não comporta os 10,5 mil atletas ao mesmo tempo, não há espaço físico para isso. Eles passam por este revezamento. O exemplo que temos maior disso é a natação e o atletismo. Quando a natação acaba, começa o atletismo, que preenche as camas deixadas pelos nadadores que já participaram. Existe uma sistemática nova do Comitê Olímpico Internacional (COI) de enxugar o número de atletas tanto da natação, quanto do atletismo. O atletismo baixou de 1,2 mil para 900 atletas do mundo inteiro. Em função disso, dificultou-se o índice de classificação dos atletas. Não só o Brasil, como a maioria das delegações, perdeu um número de atletas. Se a natação perdeu 200 e o atletismo 300, são 500 a menos. Em função disso, o Brasil perdeu 18 atletas com relação à participação em Pequim, caindo de 277 para 259.

Terra - Como já foi dito algumas vezes, foi realizado o maior investimento do Brasil para uma edição dos Jogos Olímpicos. Há algum esporte que vocês identificaram que se tivessem olhado com um pouco mais de atenção dava para ter levado mais gente para Londres ou então algum que já dê para investir mais pensando em 2016?

Bernard -

Existem vários. O Brasil tem uma cultura para esportes coletivos. Temos cinco modalidades coletivas, enquanto a Alemanha, top 5 em medalhas, tem apenas uma que é o vôlei, que está indo pela primeira vez à Olimpíada e a gente acha que será difícil conseguir uma medalha. Não é muito simples a gente modificar de forma radical uma cultura que existe no País de esportes coletivos. Por outro lado, temos sim modalidades individuais que trazem medalhas para o País, como é o caso da vela, judô,

hipismo

, a própria natação passou os últimos anos dando alegrias, além do próprio atletismo. A gente espera que além destes esportes que normalmente nos trazem essas medalhas, novas surjam. Prefiro não falar quais são até para não pressionar os atletas, falando o que estamos esperando deles, mas a gente sabe que há modalidade que têm chance de trazer medalhas e não são poucas. Em função do trabalho desenvolvido, do desempenho e dos resultados internacionais que algumas modalidades vêm tendo nas competições a nível mundial, nos dá uma grande expectativa de participação. Se Deus quiser, superando Pequim, que foi excepcional com 15 medalhas.

Terra - Gostaria que você lembrasse algumas histórias curiosas de atletas que você já tenha ajudado, como no caso do Gustavo Borges em 1992, que estava desclassificado e, graças a uma pressão de você e outros dirigentes, acabou conquistando a prata em uma revisão da batida de mão em Barcelona.

Bernard -

Neste caso específico do Gustavo Borges, eu era ministro dos Esportes e estava do lado do Coaracy (Nunes, presidente da Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos), quando acabou a competição do Gustavo na Olimpíada de Barcelona, todo mundo viu que aparecia o nome de todo mundo, menos o dele. Aquilo ali nos deixou muito preocupado, visivelmente a gente tinha visto que ele ganhou uma medalha. Poderia ser até ouro ou bronze, mas uma medalha ele tinha ganho. Eu desci com o Coaracy na área técnica, que tem todos os vídeos das competições e onde é decidido o resultado da prova. Depois de alguns minutos, o Gustavo apareceu em quarto lugar, a gente achou um absurdo. Lá embaixo, fomos e começamos a tentar ver o vídeo. No vídeo, ficou claro que ele bateu na borda e ela não acusando que ele bateu. Foi uma falha técnica e foi reconhecido no momento. Dez minutos depois, a gente sobe na piscina e aparece o Gustavo com a medalha de prata espetacular. Foi um acontecimento daqueles que, se não tem a experiência do Coaracy e minha participação como a imagem de ministro, o Brasil poderia ter perdido aquela medalha.

Terra - Essa Olimpíada traz uma situação, que já aconteceu antes com o Gustavo Kuerten e agora se repete com a Jade Barbosa, de um imbróglio por conta de conflito com patrocinador da Seleção. Como o Bernard esportista avalia esta situação, acha que foi um contrato mal amarrado?

Bernard -

Existem contratos que estão superiores a qualquer especulação de mídia. Especificamente falando da Jade, é uma grande atleta, uma boa menina, bem quista pelo grupo. Mas infelizmente não se chegou a um denominador comum, as pessoas colocadas para a negociação do contrato dela tiveram no COB e conversaram com o Marcus Vinícius (Freire, superintendente executivo da entidade). Ele foi super interessado, buscando uma solução, mas infelizmente os prazos foram passando, houve uma apresentação da Seleção e ela não foi. A Confederação de

Ginástica

, que é quem decide, optou por isso. Coube a nós do COB acatar a decisão da CBG e respeitá-la.

Terra - Como você crê que o Brasil possa melhorar sua formação de base para que, enfim, surjam mais talentos para o esporte nacional? Queria que você falasse também sobre o projeto Vivência Olímpica, em que atletas que são esperanças para 2016 são levados a Londres para conviver com as principais estrelas do Brasil.

Bernard -

Com relação aos novos talentos, este novo projeto busca atletas que são potenciais para futuras

Olimpíadas

para que eles venham aqui para Londres como convidados, para verem de perto as competições das respectivas modalidades e passa quatro dias junto com os atletas, treinando com os atletas observando a competição, tem um dia para visitar a Vila, tem visitas para outras instalações. É uma espécie de quebra gelo para quando eles participarem de futuras Olimpíadas. Não temos uma bola de cristal, mas esperamos que estes 16 que vêm agora estejam nos Jogos Olímpicos do Rio. Fato é que é uma novidade boa, quebra um pouco esse negócio de Disneylândia que já falamos aqui.

Com relação a futuro, o Brasil carece de centro olímpico de treinamento. Nós não temos nenhum ainda, enquanto a China tem 200, a Inglaterra tem 30 e os Estados Unidos tem um monte. Nós temos apenas alguns locais, feitos por algumas Confederações que conseguiram recursos com seus patrocinadores, que conseguem produzir massivamente o esporte. Revelando, buscando atletas e levando para estes centros. Um legado grande que ficará após os Jogos de 2016 é o Parque Olímpico, localizado no Autódromo de Jacarepaguá. Grande parte desse Parque Olímpico será transformado em um centro olímpico, com experiência de consultores internacionais para que a gente não erre e possa desenvolver várias modalidades, além das tradicionais outras que possam nos trazer mais medalhas. O fato de o Brasil ter a cultura para esportes coletivos nos prejudica por conta da contabilidade de medalhas. Se formos contabilizar número de medalhas que o Brasil obteve por atleta, ao invés de modalidade, estamos entre os 10 primeiros. Infelizmente isso não é considerado por parte da mídia. Historicamente acaba sendo feito dessa maneira.

Terra - Falando de um esporte que você conhece muito bem que é o vôlei. O Brasil tem alternado nos últimos tempos, entre resultados bons e dando algumas patinadas. A Polônia foi uma pedra no sapato do time masculino na Liga Mundial. O que você tem para dizer deste time masculino?

Bernard -

Primeiro falando de Polônia. Na minha primeira Olimpíada, em Munique 1976, a Polônia foi campeã olímpica. É um país que tem tradição no voleibol. Vocês viram, acompanharam a Liga Mundial, como a torcida berra e conhece de vôlei. É um país que cresceu muito. Já o vôlei brasileiro, estamos passando por uma entressafra de área técnica de algumas especialidades. Não vou entrar nesse mérito para não criar celeuma. Acho que é superável. Essa fase que o Brasil viveu da Liga Mundial não foi mesmo muito boa, existiu uma série de mudanças como a volta do Ricardinho e mexeu em uma série de jovens com potencialidade fortíssima como é o caso do Wallace (oposto), que vemos como uma grata surpresa. Eu acho que o Brasil ainda tem o respeito de toda a comunidade do vôlei para poder superar e chegar em uma Olimpíada bem. Em Barcelona 1992, o voleibol do Brasil foi para Olimpíada com uma garotada que jamais se esperava uma medalha e conquistaram o ouro perdendo apenas um set. Esperamos que isso possa acontecer de novo, apesar de ser um momento diferente em que somos mais visados. Apesar das derrotas na Liga, conhecendo o Bernardinho como conheço, ele é um cara que já deu muitas voltas por cima e com certeza vai nos trazer alguma medalha.

Terra - Sobre o feminino o que você tem a dizer? Se no masculino, a pedra no sapato tem sido a Polônia, no feminino está difícil parar os Estados Unidos. Como você vê a equipe e os problemas fora de quadra, após as declarações mais fortes da Mari depois do corte dela?

Bernard -

O Zé Roberto é outra pessoa acima do bem e do mal, tanto que foi campeão olímpico no masculino e no feminino. Já provou por A mais B quanto ele é competente. A questão do relacionamento do grupo, ninguém melhor para exemplificar isso do que a minha geração (de 84) que vivenciou problemas de relação seríssimos que acabaram superados. Se você já tem problemas de convívio com sua família, imagina ter uma relação de acordar e passar o dia todo ao lado de 15 jogadores. É um desgaste natural. O importante é que você tenha o respeito. Se existe o respeito claramente a coisa melhora muito. A questão da Mari ter saído falando isso ou aquilo é um pouco de mágoa, a atleta participou de duas Olimpíadas e a gente tem que entender que ficou frustrada por não vir para uma Olimpíada. Mas se o critério é técnico, como disse o Zé Roberto, ele tomou a decisão e cabe a ele isso.

Com relação a equipe americana, ela de fato assombra por ter jogadoras fortíssimas e altas. Não quer dizer que o Brasil vai perder. A gente espera que no dia as atletas (americanas) não rendam o necessário para ganharmos. Mas diria que, de fato, hoje os Estados Unidos são favoritos no feminino. Não quer dizer que vai trazer o ouro. Vamos ver, tem que confirmar isso lá também.

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O Terra, maior empresa de internet da América Latina, transmitirá ao vivo e em alta definição (HD) todas as modalidades dos Jogos Olímpicos de Londres, de 27 de julho e 12 de agosto de 2012. Com reportagens especiais e acompanhamento do dia a dia dos atletas, a cobertura conta com textos, vídeos, fotos, debates, participação do internauta e repercussão nas redes sociais.

Fonte: Terra
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