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Vôlei

Brasil supera catimba, usa força e faz Itália provar próprio veneno

10 ago 2012 - 17h05
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Allan Farina
Celso Paiva
Direto de Londres

Confronto Brasil e Itália no vôlei sempre pode ser comparado com um Brasil x Argentina no futebol. Rivalidade aflorada, catimba dos dois lados, com encaradas e trocas de palavras na rede, além de um jogo marcado por fortes pancadas e vibrações exacerbadas. A semifinal olímpica teve todos esses ingredientes juntos, mas assim como foi visto há dois anos em uma semifinal de Mundial, mais uma vez o Brasil esqueceu as provocações, impôs seu jogo e mostrou para os italianos que retomar o reinado do vôlei masculino ainda está distante para o país europeu.

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Com uma equipe renovada, que tem como amparo os experientes Mastrangelo e Fei, a Itália não conseguiu nem chegar perto de repetir o surpreendente 3 a 0 sobre os Estados Unidos, único time que até agora bateu a equipe de Bernardinho nestes Jogos Olímpicos.

O time italiano mostrou logo no início da partida que o Brasil estava certo ao falar que a principal arma do adversário seriam os saques potentes. O cartão de visitas foi um ace de Zaytsev logo no primeiro ponto da partida. Os italianos mostraram que tentariam vencer na marra, na base da força, colocando a bola para baixo na pancada.

O que eles não esperavam é que o técnico Bernardinho tinha um antídoto surpresa para encarar os italianos: o jovem oposto Wallace. Entrando no lugar do lesionado Vissotto, a promessa, já apelidado por muitos de "o cubano do Brasil" pela sua impulsão e força nos ataques, mostrou mais uma vez que não sente a pressão de estar em uma semifinal olímpica.

Com o camisa 4 da Seleção Brasileira, a Itália sentiu do próprio veneno em ataques e saques. O meio de rede Lucão também era outro inspirado, principalmente nos serviços. Após um início disputado, o Brasil foi dominando a partida aos poucos. Coube aos italianos tentarem tirar o time brasileiro do sério. Em uma provocada de Lasko na rede, Dante quase perdeu a cabeça, chegou a encostar a cabeça na rede e foi puxado para longe por Serginho. O líbero estava certo, não adiantava a equipe cair em provocações porque estava superior na partida. Resultado: 25 a 21 na parcial.

Atrás no marcador, a Itália viu o domínio brasileiro aumentar de forma avassaladora no segundo set. Buscando bolas impossíveis e seguindo explorando a força no saque e nos ataques, os comandados de Bernardinho fizeram parecer um jogo de profissionais contra um time de juvenis. Até Bruninho conseguiu parar o ataque italiano em bloqueio simples.

Desmotivados, os italianos não conseguiam reagir e iam se afundando como se estivessem pisando em areia movediça. A expressão na cara de cada um deles era de que a final olímpica ficava cada ponto mais longe. O placar de 25 a 12, com nenhum ponto sequer de bloqueio e saque dos italianos, mostra o quanto a Seleção Brasileira foi a dona da segunda parcial.

Como uma espécie de último suspiro, os italianos acordaram após o massacre do segundo set. Voltaram a fazer valer sua principal característica: o saque potente. Na frente desde o começo da parcial, eles tentavam voltar para a partida. Mas erros de ataque fizeram o Brasil novamente ficar à frente do marcador.

A boa partida de Bruninho, que distribuiu o jogo da forma certa, fazendo a maioria dos jogadores somarem ou chegarem perto dos dois dígitos de pontuação no duelo e a leitura boa do bloqueio fizeram a Seleção selar a passagem para a terceira final olímpica seguida. Assim como na vitória do time feminino contra o Japão na semifinal, os brasileiros saíram de quadra aos gritos de "o campeão voltou."

Brasileiros dominaram italianos na semifinal dos Jogos Olímpicos
Brasileiros dominaram italianos na semifinal dos Jogos Olímpicos
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Fonte: Terra
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