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Com pressão controlada, Mano fala em fazer "grande trabalho" até 2014

9 ago 2012 - 05h33
(atualizado às 07h02)
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Fábio de Mello Castanho
Direto de St. Albans

Se antes da Olimpíada havia incertezas sobre a continuidade de Mano Menezes em caso de fracasso, a classificação da Seleção Brasileira para a decisão em Londres já foi suficiente para amenizar a pressão em cima do treinador. Mesmo que perca para o México no sábado, no Estádio de Wembley, tudo indica que o trabalho de Mano terá continuidade. Apenas uma derrota vexatória pode devolver a intranquilidade.

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Em entrevista ao site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) publicada na noite de quarta-feira, o treinador conta sua trajetória no futebol e diz que chegou na Seleção "para fazer um grande trabalho até 2014". Desejo que deve continuar possível depois da campanha consistente até a decisão dos Jogos Olímpicos, com cinco vitórias em cinco jogos.

A caminhada sem sobressaltos na Inglaterra, apesar de construída contra adversários sem peso no histórico do futebol, deixa a Seleção sem clima para mudanças bruscas. Em seus discursos, Marin tem elogiado o trabalho do treinador e dito que a base para 2014 está formada. Ele promete balanço geral depois do torneio, mas tem ouvido avaliações positivas sobre Mano. Na terça, por exemplo, ficou cerca de 10 minutos com o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva no telefone ouvindo elogios ao trabalho até aqui no torneio.

Contratado em 2010 ainda na gestão Ricardo Teixeira, Mano teve de se adaptar ao novo presidente da CBF, José Maria Marin, nos primeiros meses de mandato. Se o ex-chefe lhe passava segurança no projeto a longo prazo, Marin dizia publicamente que avaliaria o trabalho por resultado. Mano perdeu a única competição que disputou com a Seleção, a Copa América, e acumulava decepções em amistosos contra Alemanha, França e Argentina.

O novo presidente ainda passou a exigir o conhecimento da lista de convocação com 48 horas de antecedência. Marin justificou dizendo que era um procedimento normal dentro de qualquer organização, mas que não gostaria de ser surpreendido com nomes estranhos. A preocupação do presidente era com a variação de convocados e com a presença de jogadores atuando em países sem tradição no futebol.

Até agora, as convocações têm atendido ao desejo de Marin. A avaliação do presidente é de que de Mano tem chamado o que Brasil tem de melhor pelo mundo e que o torcedor já consegue repetir a escalação de uma base. "O saldo (da Olimpíada) é altamente positivo. Hoje a Seleção tem uma base que todos sabem quem é", afirmou Marin.

A ausência de jogadores atuando no Leste Europeu - Rômulo, vendido ao Spartak Moscou pelo Vasco, é o único na Seleção Olímpica - também agrada ao presidente, assim como as voltas de Ramires e David Luiz para o amistoso contra a Suécia, no dia 15 agosto. "São todos jogadores de alto nível", afirma.

O clima de paz com a chegada à final dos Jogos Olímpicos pôde ser comprovado no churrasco promovido na concentração brasileira na quarta, dia seguinte à classificação para a decisão. Com o fotógrafo especial para registrar os seus passos, Marin posou ao lado de Mano Menezes, sempre com sorriso no rosto, e publicou no site oficial uma declaração dizendo que a "Seleção está preparada para ganhar o ouro inédito". Se vier a prata, não haverá churrasco de comemoração, mas Mano poderá comprar carvão à espera pelo menos da Copa das Confederações de 2013.

Boa campanha nos Jogos Olímpicos de Londres diminuiu a pressão sobre o treinador brasileiro
Boa campanha nos Jogos Olímpicos de Londres diminuiu a pressão sobre o treinador brasileiro
Foto: Ricardo Stuckert/CBF / Divulgação
Fonte: Terra
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