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Vôlei

Com "ato falho", Bernardinho diz que pode deixar Seleção

7 ago 2012 - 07h48
(atualizado às 13h05)
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Celso Paiva
Direto de Londres

São 11 anos à frente da Seleção Brasileira masculina de vôlei e dezenas de conquistas, entre elas a medalha de ouro em Atenas 2004 e oito títulos da Liga Mundial. Uma trajetória de sucesso, mas que pode estar chegando ao fim. Classificado para as quartas de final dos Jogos de Londres, o técnico Bernardinho deixou escapar uma possível saída do comando da Seleção ao falar sobre o projeto para a Olimpíada do Rio 2016.

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"Eu acredito que o treinador que vier", disse, corrigindo rapidamente na sequência. "Seja eu ou quem estiver na Seleção, para o projeto de 2016 vai precisar de uma concentração ainda maior. Vai ter que fazer uma renovação, porque algumas peças importantes sairão", acrescentou, lembrando que a condição de anfitrião dá um peso maior ao time.

"A responsabilidade de ser uma Olimpíada no Brasil é ainda maior e o voleibol está carregado de um peso. O que eu digo é que o foco tem que ser absoluto para a preparação de 2016. Independente de quem esteja. Por isso, que em algum momento eu declarei isso, porque é a minha opinião: tem que ter esse foco e essa dedicação integral porque nós vamos precisar da competência total do treinador envolvido naquele projeto de 2016", afirmou.

Com futuro incerto, Bernardinho refutou o termo "abandonar" o cargo, mas indiciou que no momento tem mais chance de permanecer à frente de sua equipe, o Unilever/Rio de Janeiro.

"Eu não vou abandonar nada, primeiro porque abandonar é largar. O que eu digo é que após a temporada 2012/13 com a equipe da Unilever não vou ficar nas duas frentes. Porque eu já não estou tão jovem para trabalhar com essa intensidade. É óbvio que eu não sei nem se serei convidado para continuar na Seleção, volto a dizer isso. No Unilever eu tenho uma certa garantia, mas também há de se ver, porque temos que avaliar o investimento e o futuro do projeto. Não posso continuar nas duas frentes".

Nas quartas de final dos Jogos de Londres (encarará a Argentina), Bernardinho prefere focar na competição e deixar para depois o assunto de uma possível saída da Seleção. Sobre a fase de mata-mata do torneio olímpico, o técnico afirma que o time melhorou, mas ainda não está 100% e que a confiança virá com o decorrer da disputa.

"A equipe chega para o mata-mata melhor que na Liga Mundial. O time cresceu, está melhor, teve bons momentos nessa fase inicial, ainda com algumas alternâncias. Ainda não é onde nós queremos chegar. Mas é o primeiro patamar. Não acredito que ninguém esteja ainda 100%, porque tem times crescendo, outras tropeçando um pouco. Agora a tensão vai ter um papel grande. Que a experiência e a vivência de grandes jogadores campeões sirva para nos dar a tranquilidade, a confiança e a segurança necessária que o time vai precisar", afirmou.

Os jogadores também preferem se concentrar na Olimpíada em vez de nas especulações sobre a saída do treinador. Dante disse que Bernardinho não deixou nenhum jogador saber se fica ou não.

"A gente não sabe o que vai acontecer no próximo ciclo. Nós estamos pensando primeiro em Londres. Acabou Londres aí sim, aí vamos ver o que ele vai fazer, se vai continuar ou não vai. Ele não passou nada para gente ainda, nem deu a mínima chance de a gente saber. Vamos focar mesmo nisso aqui, no agora: Jogos Olímpicos de 2012. No futuro, segunda-feira a gente pensa nisso aí", disse.

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Bernardinho assume que pode deixar a Seleção Brasileira após a temporada 2012/2013
Bernardinho assume que pode deixar a Seleção Brasileira após a temporada 2012/2013
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Fonte: Terra
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