Confederação de handebol lança projeto para criar "Seleções B"
25 fev2012 - 21h56
(atualizado às 21h58)
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Presidente da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), Manoel Luiz Oliveira lançou neste sábado um projeto a fim de melhorar as categorias de base da modalidade. De olho nos Jogos Olímpicos de 2016 e 2020, o mandatário pretende criar centros de treinamento pelo País para criar "Seleções Nacionais B", com atletas entre 16 e 21 anos.
O projeto conta com a realização de cinco fases de treinamento por ano, com duração de até dez dias. Os treinos serão seletivos e terão atletas mais novos. Assim, poderão ser formadas equipes nacionais com 28 jogadores: as seleções de cada centro jogariam entre si para que os melhores fossem escolhidos.
"Com esse projeto, vamos realizar um sonho e contribuir para revelar talentos e proporcionar o maior nível de desenvolvimento do handebol em nossa história. Todos os Estados serão beneficiados com a chance de ter atletas e dirigentes na Seleção", disse Manoel Luiz Oliveira, durante a Assembleia Geral Ordinária da entidade, em Aracaju, no Sergipe.
Para abrigar um dos centros, as cidades candidatas precisam ter a seguinte estrutura: um ginásio nas medidas oficiais e com piso flutuante, atendimento médico, fisioterápico e odontológico, alojamento, alimentação, água, gelo, transporte interno, segurança e sala de reunião.
2012:
Principal "joia" da CBHb, a Seleção Brasileira feminina será formada novamente em março para amistosos em Londres contra a Noruega (atual campeã mundial) e Inglaterra - duas possíveis adversárias na Olimpíada de 2012.
Visando aos Jogos, a equipe nacional que ficou com o quinto lugar do último Mundial ainda passará por um período de treinamentos em abril, no Hypo - clube da Áustria que possui quase metade de componentes da Seleção. Já em maio e junho estão programados amistosos na Turquia e, em julho, mais jogos-treinos em Alemanha e Holanda, contra os times da casa.
"De abril a dezembro de 2011, ficamos 79 dias juntos, entre treinos e jogos, o que é muito bom. Esse é o sistema utilizado em todo o mundo e é o que vamos continuar fazendo", comentou o dinamarquês Morten Soubak, técnico da Seleção feminina. "A Olimpíada deste ano será pedreira, com partidas muitos equilibradas, mas mostramos que somos capazes ao ficarmos entre os melhores do mundo. Estamos muito motivados e vamos fazer o nosso melhor para realizar esse sonho", acrescentou.
Campeã dos Jogos Pan-Americanos, a Seleção Brasileira feminina já está classificada para a Olimpíada de 2012. Já o time masculino, que perdeu na decisão do Pan para a Argentina, terá que disputar um Pré-Olímpico em abril para tentar as vagas remanescentes.
Londres 2012 no Terra
O Terra, maior empresa de internet da América Latina, transmitirá ao vivo e em alta definição (HD) todas as modalidades dos Jogos Olímpicos de Londres, que serão realizados entre os dias 27 de julho e 12 de agosto de 2012. Com reportagens especiais e acompanhamento do dia a dia dos atletas, a cobertura contará com textos, vídeos, fotos, debates, participação do internauta e repercussão nas redes sociais.
Com modelo de formação de atletas complexo e rigoroso, a China chega aos Jogos Olímpicos de Londres com uma das melhores equipes de saltos ornamentais de todos os tempos, e assim como aconteceu no Mundial do ano passado, pode frustrar os britânicos e ficar com todos os ouros na modalidade
Foto: Getty Images
O bem-sucedido processo de formação de atletas da China teve início em 2001, quando Pequim foi escolhida cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2008, e foi implementado o programa "Orgulho Vitorioso na Olimpíada"
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Desde o início do programa, estima-se que 3 mil escolas foram construídas pelo governo chinês. Todas funcionam também como centro de formação de atletas, e cada uma é especializada em um tipo de modalidade esportiva
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O processo de formação do atleta é quase clínico. Crianças de até seis anos são testadas para checar seu tamanho, físico, nível e tipo de habilidade, como parte da estratégia de identificação de talentos
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As crianças e os jovens são monitorados conforme se desenvolvem e os melhores mudam para escolas estaduais, regionais e nacionais
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O sistema de educação e formação de atletas da China causa a separação das crianças de seus pais por longos períodos, mas devido à situação socioeconômica do país, a maioria das famílias aceita bem esta situação, até porque a educação é gratuita e inclui alimentação e moradia
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A moradia das crianças faz parte do programa de formação de atletas da China. Elas têm seus dormitórios dentro das escolas ou centros de treinamento
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Crianças se alimentam em uma das 3 mil escolas do país que fazem parte do programa de desenvolvimento esportivo
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Todas as escolas e centros de treinamento são decorados com gigantescas bandeiras chinesas, para lembrar que os pupilos são propriedade nacional
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Apesar da rigorosidade do processo de formação de atletas, não há abusos de autoridade, segundo Steve Rouch, que, como chefe de desenvolvimento esportivo do Comitê Olímpico dos EUA, visitou a China mais de 20 vezes em missões de observação
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A chinesa Guo Jingjing, 29 anos, que tem quatro ouros olímpicos e 17 títulos mundiais no currículo, se aposentou dos saltos ornamentais no ano passado e afirmou que não quer se tornar técnica. "Sou uma pessoa de coração mole e não sirvo para isso. Você tem que ser rigoroso com jovens atletas durante os treinamentos e as competições, e eu temo não conseguir fazer isso"
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Outro "produto" do modelo chinês é Qui Bo, 19 anos, que conseguiu 25 notas 10,0 e dois ouros na fantástica campanha chinesa no Campeonato Mundial do ano passado, em Xangai, onde o país venceu todas as dez categorias disputadas
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Qui Bo é cotado como um dos favoritos às medalhas de ouro nos saltos ornamentais dos Jogos olímpicos de 2012, e deve atrapalhar os planos do jovem Tom Daley, grande esperança britânica na modalidade