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Vôlei

Fabi explica cala boca e desabafa: "deixou chegar o Brasil cresce"

12 ago 2012 - 06h01
(atualizado às 06h44)
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Celso Paiva
Leandro Miranda
Direto de Londres

A Seleção Brasileira feminina de vôlei saiu do inferno ao céu em 15 dias. Viu-se desacreditada por muitos, desde a vitória suada contra a surpresa Turquia, passando pelo tropeço diante das favoritas americanas, até chegar na derrota massacrante para a Coreia do Sul. Ressurgiu, reergueu-se e saiu com o título. Depois de toda a trajetória, veio o desabafo. Logo após a vitória por 3 sets a 1 e a garantia do bicampeonato olímpico, a líbero Fabi resolveu não sofrer mais calada. Desabafou e, com o dedo em riste na boca, foi em direção à câmera e pediu silêncio aos que duvidavam de que aquilo fosse possível.

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"É porque muita gente duvidou, a gente viu os outros times aqui falando que o Brasil não é mais o mesmo. Nossos adversários contestando se o Brasil ainda era o mesmo. Não pode dar chance, a gente é brasileiro. Brasileiro tem uma frase que é muito característica: a gente não desiste em momento nenhum", disse a jogadora, 32 anos, uma das mais experientes do grupo.

"A gente passou por essa zona mista alguns dias atrás e falou: 'enquanto houver chance, a gente vai lutar até o final'. Eu falei que a gente ia lutar. Não foi um recado especialmente para ninguém não. Eu falei que aqui é Brasil e Brasil não vai desistir jamais. A gente acreditou mesmo quando a corda estava no pescoço e a vaca estava indo para o brejo. Deram uma brecha e a gente acreditou. Está aí, não pode deixar chegar. Deixou chegar, o Brasil cresce e agora amanhã vamos torcer para os meninos porque eles merecem. Quem sabe a gente não consegue fechar um grande ciclo. Um ciclo olímpico com duas medalhas de ouro", completou a líbero.

A atleta ressaltou que a derrota acachapante pelo Brasil no primeiro set da final contra os Estados Unidos e a recuperação surpreendente nas parciais seguintes resumiram o que foi a competição para a Seleção. Foi uma espécie de resumo das dificuldades que a equipe passou até crescer após uma vitória dramática nas quartas de final sobre a Rússia (na qual o quinto set terminou 21 a 19), uma semifinal em que trucidou o Japão e uma decisão em que dominou as favoritas americanas.

"Ainda não caiu a ficha, a gente só vai ter noção quando olhar na TV", afirmou Fabi. "Esse jogo contou um pouco a história do campeonato. Um primeiro set horroroso, nem lembro o placar. E de repente o time ressurgiu. Acho que deixamos para o jogo final todo enredo da competição e esse foi o gran finale para esse filme que a gente escreveu aqui em Londres".

A levantadora reserva Fernandinha também ressaltou que o grupo nunca deixou de acreditar que a medalha de ouro era possível, mesmo quando dependeu de outros resultados para se classificar.

"Desde a partida contra a China a gente veio crescendo. Eu falei desde o jogo contra a Turquia que a gente iria crescer, muita gente não acreditou, mas eu tinha certeza. Em cada entrevista eu falei que a gente ia crescer e aí está a resposta para todos os brasileiros que não acreditavam. Muito obrigado para os brasileiros que acreditavam na gente, porque essa energia foi muito importante", analisou.

Atleta foi uma das que mais se emocionou com o ouro olímpico da Seleção Brasileira
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Foto: Marcelo Pereira / Terra
Fonte: Terra
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