Ingleses veem fracasso do Brasil em Londres: "vive de sucessos passados"
O desempenho brasileiro nos Jogos Olímpicos de Londres está longe do esperado pelos torcedores, principalmente para uma nação tão louca por esportes e que será palco da próxima Olimpíada. Isto é o que afirma o jornal generalista inglês The Independent, um dos maiores da Inglaterra, segundo o qual o País só vive de sucessos passados.
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O jornal faz uma série de observações sobre a participação da delegação brasileira em Londres e cita o fracasso de atletas do País que chegaram à Olimpíada como favoritos a medalhas. O primeiro caso citado é Fabiana Murer. O diário aponta que ela se tornou a primeira atleta brasileira a ser campeã do mundo no salto com vara, mas não conseguiu se classificar e "depois culpou o vento por sua saída precoce".
Mas não foi só Fabiana Murer que sofre com as críticas do jornal. O nadador Cesar Cielo também foi lembrado. Campeão olímpico nos 50 m livre na Olimpíada de Pequim, em 2008, e bronze nos 100 m livre, no mesmo evento, o nadador chegou como uma das principais esperanças de ouro para o Brasil nos Jogos.
O diário lembra que Cielo é o detentor do recorde mundial nas duas provas, mas afirma que com o fraco desempenho ele "teve de se contentar com o bronze nos 50 m livre e terminou apenas em sexto nos 100 m livre".
Afiado, o jornal The Independent ainda cita Maurren Magi, campeã olímpica em 2008 que não conseguiu chegar à final de sua especialidade, assim como Leandro Guilheiro, "uma esperança do judô". O diário ainda afirma que "o voleibol do País e as duplas do vôlei de praia não têm dominado as competições como já fizeram no passado".
Apesar de citar os fracassos brasileiros, o jornal lembra que o País conquistou um ouro com Sarah Menezes no judô e outro nas argolas com Arthur Zanetti, além de lembrar que "não seria surpresa o sucesso de Emanuel e Alison, campeões mundiais no vôlei de praia". A Seleção masculina de futebol, dirigida por Mano Menezes, também é citada como favorita, apesar de "curiosamente nunca ter ganhado uma medalha de ouro".
Para encerrar, o jornal relembra que o Brasil está "em um modesto 23º lugar no quadro de medalhas, com apenas" dois ouros, uma prata e sete bronzes, afirmando que para um país "com tal pedigree em esportes e tamanha dimensão - com 193 milhões de pessoas, é o quinto maior do mundo atrás apenas de China, Índia, Estados Unidos e Indonésia - o Brasil tem desfrutado de uma história surpreendentemente modesta nos Jogos Olímpicos".
O periódico The Independent também cita o desempenho do Brasil em Sidney 2000, "quando terminou em 52º no quadro de medalhas sem ganhar nenhum ouro individual", e em Pequim 2008, quando ficou no 23º posto com 15 medalhas, "mas com apenas três de ouro".