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Terra na Copa

Mesmo com 50% de aproveitamento em série, Mano se fortalece no cargo

10 jun 2012 - 10h09
(atualizado em 12/6/2012 às 17h25)
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Fábio de Mello Castanho
Direto de Nova Jersey (EUA)

A sequência de quatro amistosos contra adversários de peso na preparação olímpica desenhava-se perigosa para Mano Menezes. Seria a sua estreia diante de seu novo chefe José Maria Marin, que quando assumiu a CBF no lugar de Ricardo Teixeira disse que cobraria resultados do treinador. Encerrada a série, Mano respira aliviado: saiu fortalecido no cargo, mesmo com 50% de aproveitamento.

Desempenho da Seleção olímpica agradou os dirigentes brasileiros
Desempenho da Seleção olímpica agradou os dirigentes brasileiros
Foto: Mowa Press / Divulgação

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As vitórias convincentes contra Dinamarca e Estados Unidos deram fôlego ao treinador e sua Seleção Olímpica para os dois maiores desafios contra México e Argentina. Perdeu os dois, mas o futebol competitivo apresentado contra os argentinos, principalmente, livraram o treinador de grande pressão antes da disputa dos Jogos de Londres, em 2012.

"Sei que o torcedor vinha preocupado. Sempre quando saímos do Brasil havia uma avaliação negativa do que vínhamos fazendo. Essa confiança que vem de fora juntada com a convicção do trabalho interno vai tornar a seleção forte", disse após a derrota por 4 a 3 para a Argentina.

Mano iniciou a sequência de amistosos tenso. Ostentava oito jogos de invencibilidade, mas não tinha a mesma segurança dos tempos de Teixeira. Foi cobrado publicamente por José Maria Marin e precisaria dar uma resposta rápida para evitar uma pressão incontrolável. Teve de lidar com lesões, desfalques e times principais como adversários de sua Seleção Olímpica. Saiu vivo.

Curiosamente, as duas derrotas ocorreram com Marin na tribuna. Em ambas, o presidente mostrou apoio e elogiou o futebol apresentado pela Seleção de Mano. Na semana anterior ao confronto contra a Argentina, marcou presença em reuniões com o diretor de Seleções Andrés Sanchez, foi ao treino e disse seguidas vezes que estava satisfeito com o espírito da Seleção e com Mano. Repetiu o discurso após o jogo: "ninguém gosta de perder, mas jogamos bem e o Brasil agora tem time".

Mano sabe que o alívio não é permanente. Um fracasso na Olimpíada de Londres, seu próximo desafio, devolverá a pressão proporcionalmente ao tamanho do tombo. Pelo menos até lá, Mano trabalhará tranquilo em busca de uma medalha de ouro que, se conquistada, lhe dará fôlego até a Copa do Mundo de 2014. E poderá desabafar.

"Todo esse trabalho que estamos fazendo há quase dois anos tem fundamento. Não estávamos dando tiro dentro da água. Os jogadores que estão aqui tem qualidade. Aquilo que se dizia que não tínhamos Seleção, no mínimo, 50% já acabou. As pessoas têm certeza hoje que temos uma Seleção olímpica", disse.

Fonte: Terra
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