Oscar brinda fim de tormento com bom futebol e desarme decisivo
- Fábio de Mello Castanho
- Direto de Washington (EUA)
No dia em que finalmente pôde respirar aliviado com o fim da batalha judicial com o São Paulo, o meio-campista Oscar teve participação destacada pela Seleção Brasileira na vitória por 4 a 1 sobre os Estados Unidos, no FeDex Fields. O camisa 10 comandou o meio-campo principalmente no primeiro tempo, repetiu o bom futebol apresentado contra a Dinamarca e deixou o campo com uma quarta-feira inesquecível.
Primeiro, pela notícia vinda do Brasil, no começo da tarde. O São Paulo anunciou a venda de Oscar ao Internacional por R$ 15 milhões, o que acabou com um tormento que chegou a afastar o jogador dos gramados por quase dois meses neste primeiro semestre. A rescisão unilateral de contrato com o time paulista no final de 2010 e a futura transferência para o Inter provocou uma disputa judicial de roteiro apimentado.
Oscar estava atuando graças a um habeas-corpus concedido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). A situação ainda incomodava o jogador, que depois da partida contra a Dinamarca disse: "o importante é não parar de jogar".
Na primeira partida sem este peso, Oscar foi bem. Assim como fez contra os dinamarqueses, roubou a bola no lance que terminou em pênalti, convertido por Neymar. Na sequência, deixou Leandro Damião na cara do gol após lançamento por cobertura. O companheiro de Inter perdeu o gol, mas a estética da jogada foi marcante.
Substituto do lesionado Paulo Henrique Ganso pela segunda vez, Oscar não se escondeu. Quase todas as bolas em direção ao ataque passavam por seus pés. Acertou 42 passes e errou apenas quatro, contabilizando mais de um minuto com a bola nos pés.
Depois de um primeiro mais ativo, diminuiu o ritmo no segundo. Não apareceu tanto, mas foi premiado por Mano Menezes. Foi o único jogador da formação ofensiva que atuou os noventa minutos e deu a garantia que pode ser fundamental na Olimpíada de Londres. Agora, sem a preocupação de ser barrado.
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