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Terra na Copa

Questionado, presidente do COI se omite sobre denúncias contra Fifa

21 jul 2012 - 19h18
(atualizado às 20h12)
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Celso Paiva
Direto de Londres

Presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge adotou uma postura cautelosa ao falar sobre os escândalos de corrupção que eclodiram na Federação Internacional de Futebol nos últimos dias, envolvendo um recebimento de propina de Ricardo Teixeira e João Havelange provinda da empresa de marketing ISL. Neste sábado, o dirigente preferiu não realizar nenhuma declaração contundente sobre o caso e aguardar um parecer do comitê de ética da Fifa para tomar alguma atitude.

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Rogge costuma falar que todos os sucessos - e também fracassos - do COI dependem de cada um dos membros. E Joseph Blatter, presidente da Fifa, faz parte da cúpula da entidade. Até por isso, o mandatário do Comitê Olímpico se esquivou de polêmicas e evitou tocar no tema até se encontrar com o próprio Blatter.

"Este assunto não deve ser comentado aqui, não tenho que fazer declarações a este respeito em público", resumiu Rogge. "Tenho um encontro marcado com o Blatter daqui a três dias e o que eu tiver que falar, falarei pessoalmente", acrescentou.

O escândalo de corrupção, aliás, foi o ponto determinante para que João Havelange renunciasse ao cargo que tinha no COI até dezembro do ano passado para escapar de sanções. No entanto, Rogge preferiu aguardar o resultado do comitê de ética da Fifa para formalizar alguma decisão.

"Tivemos uma discussão no executivo e recebemos um aviso de que é preciso que esperar a decisão do comitê de ética da Fifa. Temos que olhar no passado e ver o que será produzido no futuro. E depois vamos fazer o mesmo e tomar nossas decisões", concluiu.

Entenda o caso

Em 11 de julho de 2012, a Fifa divulgou texto comprovando envolvimento de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, e João Havelange, atual presidente de honra da própria Fifa, em caso de corrupção. O documento, liberado pela Suprema Corte da Suíça, aponta pagamentos da agência de marketing ISL a ambos em troca de facilidades na aquisição dos direitos de televisão das competições.

Segundo o texto, Teixeira teria recebido pelo menos R$ 26 milhões em propina. Havelange teria sido pago em 1,5 milhão de francos suíços, equivalente a R$ 3 milhões. Cerca de R$ 45 milhões cedidos pela empresa teriam como beneficiário os dois dirigentes.

Eleito presidente da CBF em 1989, Ricardo Teixeira, 65 anos, chegou ao poder do futebol brasileiro tutelado por Havelange, na época presidente da Fifa e genro de Teixeira.

Desde então, Teixeira passou a homem mais poderoso do futebol brasileiro e ficou por 23 anos no poder. Em 2012, o dirigente deixou o comando da CBF, alegando problemas de saúde e familiares e abriu espaço para José Maria Marin ocupar o cargo. Atualmente, o ex-dirigente vive na Flórida, nos Estados Unidos.

No ano passado, João Havelange, 96 anos, renunciou ao cargo no Comitê Olímpico Internacional justamente para fugir de sanções que seriam impostas por causa da relação com a ISL.

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Rogge preferiu não dar declarações contundentes sobre escândalo da Fifa
Rogge preferiu não dar declarações contundentes sobre escândalo da Fifa
Foto: Reuters
Fonte: Terra
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