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Vôlei

Sheilla sobre Olimpíada: "quem estiver abaixo vai ficar de fora"

15 mai 2012 - 08h40
(atualizado em 16/5/2012 às 09h33)
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Allan Farina
Direto de São Carlos

Confirmada a vaga da Seleção Brasileira aos Jogos de Londres após o título do Pré-Olímpico feminino de vôlei, começa uma disputa interna no grupo nacional para quem pretende fazer parte do time que jogará a Olimpíada. Este cenário já foi descrito pelo técnico José Roberto Guimarães, que vê a concorrência como positiva para que todas as jogadoras se mantenham competitivas e exibindo seu mais alto nível técnico até lá.

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Titular absoluta da Seleção, a ponteiro Sheilla é dessa mesma visão. Uma das melhores jogadoras de sua posição no mundo, a atleta conversou com o Terra sobre como está sua evolução técnica e física e da equipe. E ela não se considera garantida nos Jogos Olímpicos de Londres.

"Aqui o nível é muito igual, então quem estiver abaixo vai ficar de fora. Ou quem estiver abaixo não vai jogar, vai ser banco", disse Sheilla. "Para ficar entre as 12 vai ter que ralar bastante", definiu a ponteiro, que foi titular durante toda a campanha do torneio disputado em São Carlos.

Sheilla ainda falou sobre o que a Seleção precisa trabalhar até a Olimpíada e despistou sobre o seu futuro na Superliga feminina - participou da última edição pela Unilever e está contratada pelo campeão Sollys/Osasco, ainda que outras atletas e até mesmo Zé Roberto relatem o acerto. Confira a seguir a conversa com a ponteiro do Brasil.

Terra - Durante a Copa do Mundo a Seleção Brasileira sofreu com problemas físicos das jogadoras. Considerando que Mari e Natália devem estar próximas de seu melhor para Londres, como você vê o nível técnico do Brasil na Olimpíada?

Sheilla -

Eu espero que a gente chegue na melhor forma física, técnica e psicológica. Estamos trabalhando para isso. A Mari parou agora e é melhor parar no início. A Natália está se recuperando e está há uns bons meses parada, mas quando voltar tenho certeza de que a vontade de jogar vai superar toda a falta que ela tem de bola. Trabalhamos visando Olimpíada, então vamos chegar bem lá.

Terra - O Zé Roberto falou sobre a disputa interna que há entre as jogadoras pelas vagas por posição para a Olimpíada. Como uma das jogadoras mais experientes e frequente titular, como vê sua vaga a Londres?

Sheilla -

Para todo mundo tem. Aqui o nível é muito igual, então quem estiver abaixo vai ficar de fora. Ou quem estiver abaixo não vai jogar, vai ser banco. Acho que todo mundo vai contribuir na Olimpíada. As 12 que forem vão estar ali para jogar, para contribuir, para entrar em inversão, nem que seja para fazer um saque que pode ser um saque decisivo. Mas para ficar entre as 12 vai ter que ralar bastante.

Terra - A Mari comentou que ela e você acabaram se desgastando um pouco mais para compensar a ausência da Natália durante a Superliga. Como você está se sentindo fisicamente?

Sheilla -

No ano passado como a Jaque se machucou, depois a Fê Garay torceu o pé, a Natália já estava de fora. As ponteiras e as opostas que sobraram ficaram sobrecarregadas na Copa do Mundo e chegaram machucadas na Superliga. Tivemos que nos recuperar jogando. Poupávamos um pouquinho, mas estamos em de cabeça. Estamos bem.

Terra - O Zé Roberto disse que quem quer estar em uma Olimpíada não sente cansaço. É por aí ou uma hora o corpo pede o repouso?

Sheilla -

Viemos direto da Superliga praticamente. Jogamos sábado a final, viemos quarta-feira, mas é Olimpíada. Está todo mundo com uma vontade que supera qualquer coisa. Isso é normal em um ano olímpico.

Terra - O Pré-Olímpico contou com seleções de nível abaixo do Brasil. O quanto que o time consegue evoluir em um campeonato como esse?

Sheilla -

Temos que pensar no nosso time. Independente dos adversários serem inferiores. O Uruguai no primeiro dia foi bem inferior, contra a Colômbia foi um pouquinho melhor. Temos que jogar pensando individualmente na gente, e não pensar no adversário. Fazer o nosso melhor, errar o mínimo possível, tentar treinar o que a gente precisa melhorar. Bloqueio, defesa. Estamos fazendo isso e é importante para nos desenvolver.

Terra - Saindo um pouco da Seleção, qual vai ser o seu futuro na Superliga? Como foi a troca de Unilever por Sollys/Osasco?

Sheilla -

Sobre isso não vou falar nada que não tem nada certo ainda.

Londres 2012 no Terra

O Terra, maior empresa de internet da América Latina, transmitirá ao vivo e em alta definição (HD) todas as modalidades dos Jogos Olímpicos de Londres, que serão realizados entre os dias 27 de julho e 12 de agosto de 2012. Com reportagens especiais e acompanhamento do dia a dia dos atletas, a cobertura contará com textos, vídeos, fotos, debates, participação do internauta e repercussão nas redes sociais.

Fonte: Terra
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