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Olimpíada 2016

Após notificação, Paes diz que preocupação com campo de golfe "é zero"

20 fev 2013 - 14h29
(atualizado às 15h17)
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<p>Eduardo Paes diz que tema não preocupa para Jogos do Rio 2016</p>
Eduardo Paes diz que tema não preocupa para Jogos do Rio 2016
Foto: Daniel Ramalho / Terra

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB) disse que a preocupação “é zero” na questão que envolve a construção do campo de golfe para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, após a Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI), na figura da chefe da comitiva, a marroquina Nawal El Moutawakel, ser notificada pela Justiça a cerca da disputa que envolve o terreno localizado no Parque Ecológico Marapendi, na Barra da Tijuca.

“É um sujeito que se diz dono que briga pela área. Isso não traz nenhum tipo de preocupação. Qualquer pessoa pode fazer uma notificação judicial dizendo: ‘estou brigando’. O que ele fez foi só a notificação judicial para dizer que está brigando pela área. A preocupação é zero”, repetiu o prefeito.

Indagado sobre o fato de o processo, em trâmite rumo ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), após esgotados os recursos no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), ocasionar alguma paralisação nas obras e prejudicar o calendário tendo em vista a disputa dos Jogos, Paes preferiu minimizar, novamente, qualquer tipo de discussão sobre o tema.

“Não vou ficar sofrendo de véspera. Está tudo começando já. Estamos tirando licença ambiental. A responsabilidade é de quem é o proprietário reconhecido pelo município até que se tenha algo em contrário”, explicou. Nesta quarta-feira, um oficial de Justiça foi ao hotel, na Barra da Tijuca, onde a delegação do COI está hospedada, para entregar a notificação pessoalmente a Nawal, que estava fora, jantando com outros membros.

Um representante da entidade olímpica internacional, identificado apenas como Pierre, recebeu o documento, mas o advogado que representa a Elmway Participações, Sérgio Antunes Lima, insistiu que o documento fosse entregue em mãos para a marroquina.

Ao regressar do jantar, na mesma noite, Nawal recebeu o documento em português, fato que gerou mal estar na delegação, já que a chefe da Comissão de Coordenação, mesmo recebendo o documento, não tinha como interpretá-lo e recorreu ao presidente do comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman. O clima foi de desagrado entre todos.

“Sim, esta manhã (de quarta-feira) eu recebi o documento no hotel, que eu não pude entender, pois estava em português", disse El Moutawakel, questionada sobre o assunto. "Passamos para nossos advogados em Lausanne (Suiça) para tradução, não posso responder agora até que haja um posicionamento efetivo”.

De acordo com o advogado da Elmway, a notificação, expedida pelo juiz da 22ª Vara Cível Federal, Rafael de Souza Pereira, era apenas para que o COI tivesse ciência de que o terreno, no Parque Ecológico de Marapendi, está sub judice.

A Elmway recorre ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra o título de propriedade do local do futuro campo de golfe contra o empresário italiano Pasquale Mauro, que em associação com a construtora RJZ Cyrella, entrou em acordo com a Prefeitura para a construção do campo da modalidade que estreia nos Jogos Olímpicos pelo valor de R$ 60 milhões.

O acordo, tão apregoado pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que não traria custos para o governo municipal, tampouco para o comitê organizador, prevê a construção do local em troca da permissão por parte da Prefeitura para o erguimento de 22 torres de 22 andares em terreno vizinho. O projeto foi aprovado pela Câmara de Vereadores do município.

Fonte: Terra
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