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Olimpíada 2016

Atletas pedem limite para mandato de dirigentes e gestão transparente

21 mai 2013 - 12h17
(atualizado às 12h45)
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<p>Raí explica que a proposta deve moralizar o uso dos recursos públicos e privados pelas autoridades esportivas</p>
Raí explica que a proposta deve moralizar o uso dos recursos públicos e privados pelas autoridades esportivas
Foto: Getty Images

Atletas estão nesta terça-feira em Brasília para pedir apoio do governo para uma proposta que limita o tempo de mandato dos dirigentes de federações esportivas e incentiva a transparência na gestão dos recursos destinados a esses colegiados. A proposta do deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) será apresentada como emenda à medida provisória 612, que está em tramitação no Congresso. A ideia é aproveitar o momento em que o País vai sediar grandes eventos esportivos – Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíada – para fazer as alterações.

"O que estamos buscando é a transparência na gestão do esporte brasileiro. Não queremos nos contrapor a nenhum modelo de gestão que tem hoje, queremos adequar para aqueles que entendem que a Copa e as Olimpíadas podem deixar um legado que mude o formato do uso dos recursos, sejam públicos ou privados. E isso é o grande objetivo da nossa emenda, vamos ter mudanças estruturais importantes na vida dos clubes, das entidades, para que eles possam cumprir o seu objetivo, que é formar atletas de qualidade, de alto rendimento e que a sociedade saiba para onde estão indo os recursos", afirmou o deputado.

A atual presidente do Atletas pela Cidadania, organização que reúne esportistas, a ex-jogadora de vôlei Ana Moser explica que a proposta não é obrigatória. A ideia é incentivar as entidades a adotarem o modelo sugerido dando-lhes preferência na utilização dos recursos públicos destinados às federações. Além de instituir um novo modelo de gestão, a proposta é também remunerar os dirigentes das confederações.

"A gente propõe até aumento de isenção fiscal, prioridade nos recursos públicos e privados para instituições que se adequarem à estrutura dessa emenda, que são o limite do mandato dos dirigentes, a transparência na prestação de contas dos recursos usados pelas instituições, participação dos atletas na gestão e na eleição dos dirigentes. O esporte brasileiro vive à margem do amadorismo. Como é que pode um presidente de uma confederação não ser remunerado se é uma atividade que exige tempo, dedicação?", questionou a atleta.

Um dos criadores do grupo, o ex-jogador de futebol Raí foi o primeiro a chegar à Câmara dos Deputados para uma reunião com o presidente em exercício da Casa, André Vargas (PT-PR). Eles ainda devem se encontrar com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, com a autoridade pública olímpica, Márcio Fortes, e com o relator da MP 612, deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR). Raí explica que a proposta deve moralizar o uso dos recursos públicos e privados pelas autoridades esportivas.

"A gente sabe que o dinheiro público não é democratizado, não atinge as bases, usam deliberadamente para viagens, para congresso, coisas cujas formas para o melhor investimento desse dinheiro não foram necessariamente discutidas. Este pode e deve ser o momento chave na conscientização dessa responsabilidade. A tendência é que todos acabem seguindo esse modelo", explicou o ex-jogador.

A MP 612 perde a validade em agosto deste ano. Ela deve ser votada na comissão especial, no plenário da Câmara e depois no Senado. A medida, que contém a determinação de desonerar a folha de pagamento de vários setores da economia, está esvaziada porque os benefícios para esses segmentos já foram incluídos por emendas em outra MP. Para o autor da emenda a favor dos atletas, no entanto, isso não deve atrapalhar a votação da medida. "Na verdade, é melhor para a gente. Dá mais peso à nossa proposta", explicou Jerônimo Goergen.

Fonte: Terra
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