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Tênis

Bruno Soares mira medalha olímpica após sonho de Grand Slam

3 fev 2016 - 13h51
(atualizado às 14h38)
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O tenista brasileiro Bruno Soares nem bem realizou um sonho de sua carreira e já começou a mirar outro. Apenas poucos dias depois de conquistar o Aberto da Austrália em duplas masculinas e duplas mistas, o mineiro passou a pensar em uma medalha nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016, em que atuará ao lado do amigo Marcelo Melo, líder do ranking mundial.

Soares conquistou no sábado a chave masculina de duplas do Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam do ano, formando parceria com o britânico Jamie Murray. Menos de 24 horas depois, retornou à quadra em Melbourne para ser campeão nas duplas mistas, ao lado da russa Elena Vesnina.

“As Olimpíadas são meio imprevisíveis. É difícil de saber o que esperar, mas eu e o Marcelo estamos jogando nosso melhor tênis, temos mais algum tempo de preparação e uma boa chance de medalha”, disse Soares, nesta terça-feira. Em Londres 2012, a parceria mineira foi eliminada nas quartas de final pelos franceses Michael Llodra e Jo-Wilfried Tsonga.

Bruno Soares (a direita) reforçou desejo de conquistar medalha olímpica junto com Marcelo Melo
Bruno Soares (a direita) reforçou desejo de conquistar medalha olímpica junto com Marcelo Melo
Foto: EFE

O Brasil nunca conquistou medalhas no tênis, presente no programa dos Jogos Olímpicos de 1896 a 1924 e desde 1988. Em Atlanta 1996, Fernando Meligeni chegou a lutar pelo bronze, mas perdeu a decisão de terceiro lugar para o indiano Leander Paes. Gustavo Kuerten jogou em Sydney 2000, caindo nas quartas de final, e Atenas 2004, perdendo na estreia.

Para tentar fazer história uma vez mais, agora diante do torcedor brasileiro, Bruno Soares e Marcelo Melo jogarão juntos alguns torneios do calendário - ainda não há a definição de quais. Ex-parceiros fixos, eles ainda atuam juntos defendendo o Brasil pela Copa Davis, mas querem afinar a dupla apesar de considerarem mais fácil se darem bem em Olimpíadas do que em torneios de Grand Slam.

Marcelo Melo também tem no currículo o título de um dos quatro maiores torneios do mundo. Na temporada passada, ele e o croata Ivan Dodig foram campeões de Roland Garros, contanto com o apoio de Guga nas arquibancadas.

“O Grand Slam é mais difícil porque tem o que há de melhor no esporte e de uma forma mais bem preparada. São as duplas oficiais. Nas Olimpíadas fica imprevisível porque as pessoas que não estão acostumadas a jogar juntas têm que formar uma parceria. Com um pouco de sorte você pode pegar uma chave mais acessível”, explicou Soares.

Com os dois títulos conquistados na Austrália, o tenista mineiro ultrapassou Guga e se tornou o segundo atleta brasileiro com mais títulos de Grand Slam. Ele soma quatro, já que também foi duas vezes campeão de duplas mistas do Aberto dos Estados Unidos. Em 2012, jogando com a russa Ekatarina Makarova. Em 2014, com a indiana Sania Mirza.

O recorde é de Maria Esther Bueno, que soma 19 títulos entre simples, duplas e duplas mistas, antes da profissionalização do esporte. Gustavo Kuerten foi campeão três vezes de Roland Garros.

“A ficha vai caindo aos poucos, você começa a ter noção quando recebe as mensagens e vão saindo matérias falando sobre os números. É meu quarto Grand Slam. São coisas com que sempre sonhei e depois de um tempo ficou um pouco mais real. Mas até concretizar é um passo muito grande”, explicou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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