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Olimpíada 2016

Campeã mundial, F. Beltrame disputa seletiva em meio a peixes mortos no RJ

14 mar 2013 - 12h13
(atualizado às 15h20)
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Em plena raia da Olimpíada de 2016, a beleza de um cenário que junta a Lagoa Rodrigo de Freitas e o Cristo Redentor não se destacou durante a disputa da seletiva nacional de remo nesta quinta-feira. Os atletas que sonham em disputar a maior competição esportiva do planeta estão tendo de enfrentar uma realidade muito mais dura e indesejada. Remam sabe-se lá como em meio a milhares de peixes mortos - já foram retiradas 65 toneladas. Respiram sabe-se lá como em meio ao cheiro insuportável de putrefação.

Cerca de 150 atletas participaram da seletiva, que define a seleção brasileira de remo que vai disputar as principais competições internacionais. Fabiana Beltrame, campeã mundial no skiff simples em 2011, era uma das que teve que disputar prova em meio aos peixes em putrefação.

“A minha foi a primeira bateria do dia e o cheiro estava bem desagradável, forte a ponto de enjoar. Além disso, atrapalha para remar também. Isso pode até influenciar no resultado”, disse a campeã mundial, que chegou em primeiro lugar na sua bateria e não deve ter sua posição na seleção afetada.

<p>Membro da Confederação Brasileira de Remo passa de barco por peixes mortos</p>
Membro da Confederação Brasileira de Remo passa de barco por peixes mortos
Foto: Daniel Ramalho / Terra

Fabiana lamentou a situação, que a prefeitura ainda tenta entender as causas também. “Os olhos do mundo estão voltados para o Rio e acontece uma coisa dessas. É uma coisa imprevisível que pode acontecer de novo a qualquer momento, até na Olimpíada. Tivemos de competir porque nosso calendário está muito apertado, mas as condições são ruins. Semana passada o Steve Redgrave (pentacampeão olímpico) estava aqui. Ainda bem que ele não viu isso”, afirmou a remadora do Flamengo.

E o descaso com o remo não para por aí. Os atletas utilizaram blocos de partida abandonados desde os Jogos Pan-Americanos de 2007. “Para o remo a gente tem a lagoa, mas fora isso não tem nada. Algumas boias de marcação e só”, criticou Fabiana. A Confederação Brasileira de Remo foi contatada pela reportagem, mas ainda não se manifestou sobre a situação.

Fonte: Terra
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