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Olimpíada 2016

Com "novo esporte", dirigente das lutas comemora permanência em Olimpíada

8 set 2013 - 14h36
(atualizado às 14h37)
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<p>Nenad Lalovic (ao fundo) destacou mudanças na modalidade para assegurar sequência olímpica</p>
Nenad Lalovic (ao fundo) destacou mudanças na modalidade para assegurar sequência olímpica
Foto: Reuters

A assembleia do Comitê Olímpico Internacional realizada neste final de semana em Buenos Aires definiu que Tóquio será sede da Olimpíada de 2020. Mas, além disso, definiu a permanência de uma das mais importantes modalidades do programa da competição: a luta olímpica, que estava ameaçada de deixar os Jogos após o Rio 2016 para dar lugar a uma outra modalidade.

Neste domingo, um dia após a escolha por Tóquio, o COI votou a permanência das lutas olímpicas em sua grade de 26 esportes. A votação foi apertada, mas a modalidade permaneceu, graças a 49 votos de um total de 95. Desta forma, os representantes do esporte presentes na Argentina festejaram a sequência.

"Desde fevereiro deste ano, lutadores de todo o planeta se uniram para salvar este esporte", declarou o presidente da Federação Internacional de Lutas Associadas (Fila), Nenad Lalovic. Sobre a decisão do comitê, o dirigente evitou comemorar: "estamos contentes, mas amanhã de manhã recomeçamos a trabalhar. Temos que melhorar o nosso esporte para ser um sólido esporte".

A luta olímpica é um estilo de luta amadora praticada em todo mundo, regulamentada pela Fila, e está presente nos Jogos Olímpicos modernos desde 1896. O esporte seria excluído das Olimpíadas após a edição de 2016, no Rio de Janeiro. Porém, desde que foi anunciada tal decisão, seus representantes se empenharam em uma verdadeira operação de guerra para colocá-lo de novo entre os 26 esportes presentes na grade olímpica.

<p>Esporte está presente nos Jogos Olímpicos desde 1896</p>
Esporte está presente nos Jogos Olímpicos desde 1896
Foto: Getty Images

"O mais importante foi entender porque isso aconteceu e qual caminho seguir para estar novamente dentro da família olímpica. O maior valor dessa campanha foi modernizar o nosso esporte, essa crise nos deu a oportunidade para mudar", disse Lalovic. Segundo ele, o plano mundial de luta é algo leva anos para ser elaborado, e a versão apresentada na reunião do COI foi finalizada em alguns poucos meses.

Um dos pontos mais enfatizados pela campanha dos defensores de este esporte foi a sua reformulação. A máxima entoada por Lalovic logo no começo da conferência de imprensa dada pelo comitô no começo da tarde desse domingo foi: "a luta não é um esporte novo, mas o esporte que apresentamos aqui sim é a nova luta".

"A luta muda. A luta mudou, ela se modernizou e está pronta para competir com outros esportes. Conseguimos convencer o COI de que nosso esporte vai apoiar o movimento olímpico, e basicamente o que tratamos de fazer foi adaptar o nosso esporte, empreender regras mais visíveis e compreensíveis", explicou Lalovic.

Ao final da coletiva, o presidente da Fila chamou os atletas que apresentaram o esporte ao comitê para que se juntassem a delegação das lutas associadas num intento de demonstrar o papel fundamental que eles tiveram.

Fonte: Especial para Terra
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