Comitê dos Jogos 2016 espera definir "casa" do hóquei até fim do ano
21 nov2012 - 13h47
(atualizado às 17h53)
Compartilhar
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 informou nesta quarta-feira que espera alcançar acordo com a Federação Internacional de Hóquei (FIH) antes do fim deste ano, para decidir onde será instalado o estádio da modalidade.
O diretor-geral de operações de Rio 2016, Leonardo Gryner, afirmou em entrevista coletiva que nas próximas semanas serão apresentadas propostas à entidade máxima do hóquei.
Os organizadores propuseram tirar o futuro estádio temporário de hóquei do Parque Olímpico e transferir sua instalação para Deodoro. Em maio, a Federação Internacional de Hóquei anunciou que não aceitava a proposta e pediu alternativas.
O presidente da FIH, o espanhol Leandro Negre, quando da rejeição da mudança, afirmou que o bairro de Deodoro era distante, o que faria que o hóquei perdesse público, já que no Brasil o esporte é pouco difundido.
Gryner explicou que o Comitê dos Jogos do Rio já tem uma reunião agendada com a Federação Internacional de Rúgbi para decidir sobre a sede da competição da modalidade, que estreará no programa olímpico em 2016.
A proposta inicial era usar o estádio de São Januário, mas o dono da instalação, o Vasco, não apresentou o projeto de reforma a tempo. No encontro de janeiro, serão apresentadas opções para a entidade que rege o esporte.
Prefeito Eduardo Paes e a presidente da Autoridade Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos Marques, apresentaram a jornalistas estrangeiros as obras do Parque Olímpico do Rio 2016
Foto: J.P.Engelbrecht / Divulgação
As principais polêmicas em torno das obras do Parque Olímpico se relacionam com o Velódromo, o píer em "Y" no Porto Maravilha (para aumentar a capacidade hoteleira sem necessidade de obras), a construção de um hotel em área ambiental e a remoção das pessoas Comunidade da Vila Autódromo e de outras duas localidades no centro da cidade, na ponta do Parque Olímpico e no que antes era o autódromo de Jacarepaguá
Foto: J.P.Engelbrecht / Divulgação
Sobre a polêmica envolvendo o projeto do píer em forma de "Y" no Porto Maravilha, Eduardo Paes reafirmou que não gosta do projeto onde ele está pensado, já que, com a quantidade de navios que pode suportar, taparia a visão do Museu do Amanhã, do Mosteiro de São Bento, e de grande parte da zona revitalizada
Foto: J.P.Engelbrecht / Divulgação
De acordo com o cronograma de obras apresentado no evento pela presidente da Autoridade Olímpica Municipal, Maria Silvia Marques, a remoção das pessoas da Vila Autódromo será feita até o quarto trimestre de 2013
Foto: J.P.Engelbrecht / Divulgação
Eduardo Paes respondeu com firmeza às críticas do presidente da Federação de Ciclismo, que disse que vai entrar na justiça para ter um lugar para treinar, já que o velódromo construído para o Pan-Americano de 2007 será demolido
Foto: J.P.Engelbrecht / Divulgação
"Quando fizemos o concurso para o Plano Master do Parque Olímpico, não constava a remoção da Vila Autódromo porque eu queria ter, antes, uma opção para essas pessoas. Agora a prefeitura tem o terreno e tem o projeto da Vila Carioca, para onde elas serão levadas assim que os apartamentos estiverem prontos", disse Paes, afirmando que o projeto vai beneficiar apenas pessoas carentes do local
Foto: Reuters
Equipamentos do velódromo serão transferidos provisoriamente para Goiânia. O novo velódromo faz parte dos quatro equipamentos esportivos que serão construídos definitivos no Parque Olímpico, junto com o novo Centro de Tênis, um novo Parque Aquático e uma quadra de handebol, que será desmembrada e reconstruída depois como quatro novas escolas municipais
Foto: Reuters
Em relação ao hotel resort, cuja construção foi autorizada na Prainha, uma área praticamente inexplorada da capital, Paes diz que é um ganho para a cidade. "Não é porque é uma área preservada que não pode construir nada. Vamos mudar a lei para criarmos ali um parque e proteger o lugar de verdade", justificou