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Olimpíada 2016

Comitê Rio 2016 é "bombardeado" pelo COI e enfrenta dúvidas internacionais

8 set 2013 - 18h44
(atualizado às 21h39)
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Carlos Arthur Nuzman minimizou falta de confiança internacional com a organização do Rio 2016
Carlos Arthur Nuzman minimizou falta de confiança internacional com a organização do Rio 2016
Foto: AFP

A delegação brasileira passou por uma verdadeira prova de fogo nesta tarde diante dos questionamentos dos membros do Comitê Olímpico Internacional presentes na sessão de informes que teve lugar na 125ª reunião do comitê na tarde deste domingo. O interrogatório faz parte da dinâmica de funcionamento das reuniões dos órgão e não poupou o Brasil: os presentes foram muito claros na manifestação de suas preocupações com relação às debilidades apresentadas até o momento pela organização dos jogos do Rio.

Entre os temas colocados na mesa pelo COI, estiveram os problemas na área de comunicação e mídia, preocupações com a estrutura de transporte, o despreparo da cidade para receber visitantes estrangeiros, hospedagem e os protestos sociais que eclodiram no Brasil desde o período da Copa das Confederações.

O presidente do Comite Organizador dos Jogos do Rio, Carlos Arthur Nuzman, tentou ser diplomático e começou seu discurso elogiando a escolha de Tóquio como sede para 2020. Chegou a oferecer o apoio brasileiro à organização do evento no Japão.

Durante sua exposição sobre o Brasil, Nuzman enfatizou as melhorias que estão sendo feitas no sistema de transporte. Segundo ele, 60% da cidade será beneficada com a implatação de transportes de alta qualidade. Além disso, destacou o legado que o investimento em infraestrutura irá deixar não apenas para a população da cidade. A educação foi outra frente através da qual o presidente tentou esquivar-se do bombardeio que viria em seguida por parte do COI.

Após a exposição da equipe brasileira, passou-se ao momento das perguntas. Um membro pediu ao Comitê mais transparência e organização em termos de comunicação e mídia e destacou a demora na nomeação de um chefe de mídia - há poucos meses, Mario Andrade foi escolhido para o cargo. Citou que a primeira reuião com os veículos de comunicação internacionais para discutir a logística erá realizada somente daqui a alguns dias, quando a data para o inicio dos Jogos está cada vez mais próximas.

Nuzman discursa aos membros do COI em Buenos Aires
Nuzman discursa aos membros do COI em Buenos Aires
Foto: AFP

Mas parece que, para além dos problemas de infraestrutura, o que mais preocupa os COI com relação ao Jogos a serem realizados no Brasil são mesmo as manifestações sociais que perturbaram a paz da realização da Copa das Confederações.

Bastante nervoso, Nuzman respondeu às perguntas sobre a onda de protestos que acontecem no Brasil. "Eu não quero entrar em detalhes, mas essas coisas acontecem no mundo inteiro. Isso vai continuar existindo até o momento dos Jogos, por isso necesitamos ser mais transparentes, mais abertos."

Apoiado nos números de uma pesquisa de opinião citada pelo diretor executivo de esportes do Comitê Organizador, Alberto Guimarães, que apontam 72% da população apoiando o Rio 2016, Nuzman completou sua defesa dizendo que "o Brasil é um País democrático, no qual todos são livres para manifestar suas ideias políticas".

Fonte: Especial para Terra
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