Dirigentes do COI prometem mergulho coletivo na Guanabara
Terminou nesta quarta-feira em clima de descontração a nona visita técnica da Comissão de Coordenação do COI para os Jogos de 2016. Por três dias, dirigentes da entidade discutiram questões operacionais, visitaram locais de competições e receberam informações das autoridades do Rio sobre as condições da água na cidade.
A presidente da comissão, Nawal Moutawakel, encerrou a polêmica sobre a qualidade da água prometendo um mergulho coletivo da cúpula do COI na Baía de Guanabara. Ela teve o apoio do diretor executivo do COI para os Jogos, Christophe Dubi, também presente à entrevista coletiva, concedida à tarde na sede do Rio 2016.
Dubi já havia prometido tomar um banho na Baía, local das provas de vela na Olimpíada. Nesta quarta, ele disse que, na verdade, quem havia feito a promessa teria sido outro diretor do COI, Gilbert Felli. Os dois, em tom de brincadeira, se desentenderam no auditório do Rio 2016, mas chegaram a um acordo quando Nawal propôs o mergulho coletivo.
Antes disso, Nawal tratou o tema com seriedade e disse que o COI dá prioridade aos atletas e que, por isso, está monitorando a qualidade da água na Baía, na Lagoa Rodrigo de Freitas, onde serão realizadas provas de remo e canoagem, e na praia de Copacabana, local do triatlo e da maratona aquática.
"Os nossos amigos da Rio 2016 e as autoridades governamentais estão fazendo o máximo possível para dar condições adequadas aos atletas durante os Jogos", disse Nawal. As águas do Rio estão num centro de uma polêmica que recrudesceu há poucos dias quando a agência de notícias Associated Press divulgou pesquisas laboratoriais que indicavam risco de algumas doenças para quem entrasse em contato com a água da Baía e da Lagoa.
Houve ainda o caso de atletas de remo da equipe dos EUA, que participaram de evento-teste no final da semana na Lagoa e se queixaram de dores pelo corpo e diarreia. Nesta quarta, o COI repetiu discurso do Rio 2016 e disse que os incidentes com os atletas norte-americanos se trataram de um fato isolado. "O treinador da equipe de remo nem entrou no barco e também teve os mesmos sintomas. A própria federação internacional de remo já se manifestou, ressaltando que não houve nenhuma anormalidade nesse evento", declarou Dubi.