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Olimpíada 2016

Em Madri, Henrique Alves diz que Brasil aposta em apelo turístico dos Jogos

18 jan 2016 - 18h45
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O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, afirmou nesta segunda-feira que o Brasil quer aproveitar todo o potencial turístico dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e considera a Feira Internacional de Turismo de Madri (Fitur), que começa na próxima quarta e é referência mundial para o setor, como "uma grande janela para atrair investidores e observadores".

O Brasil investiu um total de US$ 11 bilhões nos Jogos, dos quais 15% foram destinados a infraestruturas esportivas, e o restante foi investido em estruturas que "deixarão um legado à cidade", disse o ministro em entrevista à Agência Efe.

"O Brasil tem um grande potencial de crescimento na área turística, e sem dúvida vai aproveitar (os Jogos) como um ponto de melhora", acrescentou Alves, que cifrou em 60% desse montante o total investido pela iniciativa privada visando o megaevento esportivo.

O turismo gera 3 milhões de empregos diretos e representa 3,7% do PIB do país. Porém, para o ministro, embora estes números possam parecer grandes, "poderiam ser ainda maiores levando em conta a potencialidade e a capacidade turística" do Brasil.

De acordo com Alves, o turismo interno movimentou 70 milhões de pessoas, e o turismo estrangeiro, 6 milhões, um dado que ele considera baixo. "É o mesmo número de pessoas que visitaram a Torre Eiffel em Paris", argumentou.

Para incentivar ainda mais a vinda de turistas de outros países, o governo federal garantiu a isenção de vistos no período dos Jogos Olímpicos para turistas de Estados Unidos - segundo maior mercado de visitantes estrangeiros no país -, Canadá, Austrália e Japão.

Com esta medida, que terá duração de 90 dias "para aproveitar o antes e o depois dos Jogos", o governo prevê um aumento de 20% do fluxo de turistas desses países.

Os Jogos Olímpicos são "uma vitória maravilhosa", mas também "uma forma de enfrentar os problemas crônicos e estruturais que o Rio de Janeiro tem em relação, especialmente, a saneamento, mobilidade e segurança", disse Alves, que citou como exemplo em legado por parte do evento a edição de 1992 para a cidade de Barcelona.

O Brasil espera 205 países participantes para os Jogos, além de mais de 25 mil jornalistas de todo o mundo e uma audiência de cerca 5 bilhões de telespectadores.

Embora os Jogos tenham como palco principal o Rio de Janeiro, o governo tem a intenção de que outras cidades se beneficiem com a chegada de visitantes, pois o Ministério do Turismo, segundo Alves, tem como meta "interagir com as agências de viagem para divulgar o país e aproveitar para mostrar outros pontos turísticos, como a Amazônia".

Para este fim, ainda de acordo com o ministro, estão sendo realizadas campanhas institucionais em toda a América Latina através das redes sociais e da internet para "que se conheça o Brasil como um todo, com todas as suas características e suas potencialidades".

A situação econômica no país não está passando por seu melhor momento, mas Alves se mostra otimista.

"O Brasil atravessa uma situação crítica neste momento, mas tenho certeza de que vai superá-la".

Sobre a imagem negativa que investidores estrangeiros podem ter em relação ao país por causa das investigações da operação Lava Jato, o ministro declarou que elas "mostram a força da democracia" e negou que afetem a presidente Dilma Rousseff.

Em relação à segurança, Alves afirmou que ela não tem que ser "só um assunto dos Jogos Olímpicos, mas uma prioridade para todo o país de agora em diante".

EFE   
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