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Olimpíada 2016

Equipe de vela do Brasil não ficará na Vila Olímpica em 2016

29 jul 2014 - 16h07
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Bruno Prada compete na classe Finn
Bruno Prada compete na classe Finn
Foto: Daniel Ramalho / Terra

O evento-teste de vela que acontece a partir do próximo sábado na Baía de Guanabara vai bem além das regatas que vão acontecer nas cinco raias olímpicas. O Comitê Olímpico Brasileiro está testando também a logística para os atletas de olho nos Jogos de 2016.

“Uma coisa é certa: os velejadores não vão ficar na Vila Olímpica. Eles devem ficar na Zona Sul do Rio, na Urca ou em Niterói”, confirmou Jorge Bichara, diretor de alto rendimento do COB.

A decisão tem lógica. A Vila Olímpica fica na Barra e a competição será na Marina da Glória. Ficando na Zona Sul do Rio ou em Niterói, os atletas ficam mais próximos ao local de competição. “A decisão sai apenas no ano que vem. A avaliação vai ser feita após o evento-teste de 2015. A gente tem a base estrutural da Escola Naval, que está passando por reformas e que pode até ser testada também”, afirmou.

O teste agora está sendo feito em Niterói, onde os 30 atletas, que competem a partir de sábado, tem toda estrutura de alimentação acompanhada por nutricionistas, médicos, massoterapeutas, fisioterapeutas e estrategistas náuticos. “Estamos avaliando a questão do transporte de Niterói para a Marina da Glória. Vamos testar o tempo de travessia e as barreiras de segurança no mar. Se demora, se não demora, se o bote que leva os atletas passa por vistoria, controle de credenciamento”, disse Bichara. 

No ano que vem, o modelo vai ser repetido no Rio e uma avaliação vai decidir qual será o melhor planejamento. No que refere à análise do clima e das marés, há um grupo estudando tudo ao detalhe. “A gente vem tentando fazer esse modelo matemático das condições climáticas e das marés. Outros países estão tentando fazer igual, mas o mais importante é a observação durante a competição”, disse o técnico Torben Grael.

Jorge Bichara explicou que todos os dias pela manhã os atletas e técnicos se reúnem para uma reunião e o mesmo acontece no fim da tarde. “Discutimos o que deu certo, que informação bateu, se a tática deu certo, o que deve ser feito para o dia seguinte”, explica. Holandeses, ingleses, suecos e australianos também estão fazendo os mesmos estudos. Mas, de acordo com o velejador Bruno Prada, o Brasil está pelo menos 25 anos à frente. 

Para Torben Grael, esse período da equipe treinando junta em Niterói é uma ótima experiência. “A Federação Internacional tem concentrado mais os eventos e mesmo sendo a vela um esporte por vezes solitário, isso ajuda bastante”, admitiu. Bruno Prado gosta da experiência. “Trabalhando juntos formamos uma equipe ainda mais forte.”

Fonte: Terra
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