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Olimpíada 2016

Falta de dinheiro complica preparação do basquete olímpico

25 jun 2015 - 19h54
(atualizado às 20h22)
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Falta pouco mais de um ano para a Olimpíada. E esporte que já consagrou Paula, Hortência, Oscar, Marquinhos, entre outros, vive uma crise que ameaça até mesmo a participação dos times masculino e feminino nos Jogos do Rio de Janeiro. Tudo por causa de uma dívida aproximada de R$ 3 milhões da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) com a Fiba - a federação internacional da modalidade. A entidade nacional vive crise financeira desde que perdeu o patrocínio da Eletrobras, em 2013, e tenta de todos os modos um acordo para fugir do vexame da exclusão das equipes da edição carioca da Olimpíada.

Na CBB, a ordem agora é trabalhar em silêncio em busca de recursos. A Fiba estabeleceu o prazo de 31 de julho para o problema ser resolvido. Exige as garantias de pagamento. Para apagar o incêndio, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) passou a monitorar o caso e já se fez presente em três reuniões recentes com a Fiba.

Contas apertadas fizeram COB pagar salário de Magnano
Contas apertadas fizeram COB pagar salário de Magnano
Foto: Sergio Perez / Reuters

"Temos certeza de que a Fiba vai levar em consideração o histórico dos times de basquete do Brasil e não tomará nenhuma medida drástica, mesmo que haja demora no acordo", disse o superintendente executivo de esportes do COB, Marcus Vinicius Freire, destacando que o comitê tem dado suporte financeiro à CBB.

"Nos últimos meses, ajudamos com cerca de R$ 600 mil, para gastos com a preparação das equipes para o Pan-Americano (em julho, no Canadá). O presidente Carlos Arthur Nuzman (do COB) esteve três vezes com a Fiba para tratar do assunto. Arcamos com a maior parte do salário do Magnano (Rubén, técnico do time masculino). O basquete é vital para o nosso sucesso nos Jogos", acrescentou Freire.

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Como se não bastasse o impasse com a federação internacional, a CBB, com dívidas totais que chegam a R$ 10 milhões, já convive com a realidade que põe em xeque o futuro do basquete no Brasil. As seleções de base têm sido as mais afetadas, com corte no orçamento de treinos e infraestrutura.

Para julho, durante o Pan-Americano, está prevista mais uma rodada de negociações entre Fiba, CBB e COB. A confederação quer uma resposta da entidade máxima sobre a proposta de parcelamento da divida de cerca de R$ 3 milhões (o pagamento de 10% do total em 2015; 50% em 2016; 30% em 2017; e 10% em 2018).

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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