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Olimpíada 2016

Gallo nega mudança significativa na preparação olímpica

9 out 2014 - 14h54
(atualizado às 14h54)
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Gallo não vê mudança significativa na preparação dos jovens
Foto: Getty Images

O técnico da Seleção Brasileira olímpica, Alexandre Gallo, disse em entrevista coletiva nesta quinta-feira, em Cuiabá, que é um sonho vencer os Jogos Olímpicos de 2016, mas confirmou que, após o fiasco na Copa de 2014, ainda não houve nenhuma mudança significativa na forma da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) preparar as seleções mais jovens.

“Na minha gestão como técnico já fiz várias mudanças, mas na organização interna. Fizemos protocolo de recepção, porque antes a íamos aleatoriamente às competições, e agora estamos fazendo algumas exigências. Aumentamos de 12 para 21 convocações do time para jogos e treinos, mas não fizemos nenhuma mudança significativa desde a Copa. Temos coisas positivas para aproveitar, no entanto, efetivamente, nada mudou”, observou.

Ele também não destacou um jogador referência, como é o Neymar para a equipe principal, e assegurou que vai escalar, em 2016, quem estiver, naquele momento, em melhores condições físicas e emocionais para travar a batalha.

Para o jogo de Cuiabá, nesta sexta-feira, na Arena Pantanal, ele escalou Jacsson; Fabinho, Wallace, Doria e Wendell; Alison, Matheus Biteco e Talisca; Luan, Thalles e Ademilson. Rafael Alcântara, machcado, ficou de fora.

<p>Alexandre Gallo prepara equipe para Jogos Ol&iacute;mpicos 2016</p>
Alexandre Gallo prepara equipe para Jogos Olímpicos 2016
Foto: Rafael Ribeiro/CBF / Divulgação

Na visão de Gallo, os amistosos nas novas arenas brasileiras, construídas para a Copa do Mundo, são importantes para preparar os atletas não só fisicamente, mas emocionalmente. Conhecer os estádios, o comportamento das torcidas, falar com a imprensa são algumas das etapas para o amadurecimento dos atletas.

“Isso vai nos dar um lastro até 2016, até porque pegamos muitas seleções campeãs e vice-campeãs continentais. O ouro olímpico é um sonho e temos que usar todas as nossas armas. Todos nós sabemos o quadro deixado após a Copa e temos que revertê-lo jogando bola”.

Sobre a dificuldade de alinhar a base técnica dos jogadores que estão no Brasil e na Europa, Gallo reconheceu que é difícil tirar da cabeça dessa juventude o desejo de ir para o exterior, mas que essa dinâmica tem sido prejudicial para os clubes. “Se conseguirmos manter nossos craques no Brasil por mais tempo será bom para nós, mas sei o que se passa na cabeça deles, porque também já fui jogador. Muitos deles são arrimo de família e não podemos castrar esses desejos deles”.

Jovens promessas

O goleiro reserva da seleção olímpica, Georgemy, é filho de um tecelão e uma dona de casa. A família é de Americana, no Interior de São Paulo. Tem 19 anos, mas desde os 15 já é arrimo de família. “Sim, o futebol melhorou a vida financeira na minha casa”, afirmou ele na coletiva.

Georgemy joga no Cruzeiro desde os 16 anos, quando se mudou para Belo Horizonte (MG). Ele passou pelas Seleções Sub-20 e Sub-21 da CBF e, agora, segundo ele, é a hora de mostrar, na Seleção olímpica seu melhor futebol. Quanto aos preparativos para a Olimpíada de 2016, ele diz que ninguém fala muito sobre o 7 a 1 da Copa para não ficar colocando muito peso na cabeça da nova geração, "mas a gente sabe que vai ter que mudar esta história”, completou.

Não é muito diferente a história do zagueiro Wendell, 21 anos. Ele é Nordestino, filho de pais funcionários da prefeitura de Salvador. Hoje ele joga no time alemão Bayer Leverkusen e mora em Colônia, na Alemanha. Após a derrota na Copa, o maior medo dele é “a gente não conseguir dar nem a metade do que sabemos, porque, se a gente der pelo menos a metade, a medalha de ouro olímpica tão cobiçada será nossa”.

Fonte: Especial para Terra
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