COB teme que medalhas no Pan "enganem" público por Rio 2016
A expectativa do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) é de que o País conquiste mais de 100 medalhas no Pan-Americano de Toronto, de 10 a 26 de julho, e dispute o terceiro lugar com Canadá e Cuba. O número expressivo deve, no entanto, ser contextualizado. Há entre dirigentes do comitê a preocupação de que a repetição de pódios no Pan possa criar um ambiente de euforia entre torcedodes brasileiros, à espera de bons resultados em série nos Jogos de 2016.
"É preciso repetir que o Pan reúne 42 países, sempre com a supremacia dos EUA, e isso representa um universo bem reduzido com relação à Olimpíada, que deve contar com 205 países. Claro que existe uma transferência de expectativa", declarou o superintendente executivo de esportes do COB, Marcus Vinicius Freire.
Para ele, o público que acompanha com mais frequência as competições esportivas vai saber dar a dimensão exata dos pódios alcançados em Toronto, com relação ao que vier nos Jogos. Mas ele não sabe como vão reagir os torcedores que só a partir de agora começam a despertar interesse pelo esporte olimpico.
O chefe da missão brasileira em Toronto, Bernard Rajzman, é outro que faz um alerta sobre a diferença dos dois eventos. "Torço claro para o maior número possível de medalhas no Pan. Isso aumenta a auto estima do atleta. Mas não pode haver uma cobrança nos Jogos de 2016 tomando como comparação o desempenho do Brasil no Canadá."
A meta do COB é que o Brasil fique no top 10 das olimpíadas, e possa ganhar em torno de 27 medalhas no ano que vem.