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Olimpíada 2016

Ministro compara possível exclusão da Rússia dos Jogos do Rio com boicotes

24 mai 2016 - 09h45
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O ministro dos Esportes da Rússia, Vitaly Mutko, protestou nesta terça-feira contra a possível exclusão do país dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, comparando a medida com os tempos de Guerra Fria, que interferiram nas edições sediadas em Moscou, em 1980, e Los Angeles, em 1984.

"Será uma volta aos tempos de boicote. Posso garantir que o Estado nunca apoiou, nem apoia pessoas que se dopam", afirmou o titular da pasta.

Em 1980, Estados Unidos e principais aliados boicotaram os Jogos de Moscou após a entrada de tropas soviéticas no Afeganistão. Quatro anos depois, a União Soviética e outros países do bloco socialista ficaram fora dos Jogos de Los Angeles.

A declaração veio como resposta ao alemão Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), que afirmou que todos os órgãos envolvidos, não só os atletas, serão punidos caso se confirme a existência de um esquema de doping em massa.

Na semana passada, o presidente da Federação Russa de Atletismo, Dmitry Shliakhtin, garantiu à Agência Efe que existe uma conspiração para impedir que o país fique fora dos Jogos do Rio de Janeiro.

"Alguém está fazendo todo o possível para que a Rússia não participe dos Jogos, e não só os atletas, mas também o restantes dos desportistas", disse o dirigente.

A situação da Rússia tem sido avaliada por causa do recente escândalo do uso de meldonium, medicamento cardiovascular proibido pela Agência Mundial Antidoping (WADA), durante os Jogos de Inverno, em Sochi, em 2014.

O antigo diretor do laboratório antidoping de Moscou, Grigory Rodchenkov, e um funcionário da agência antidoping local denunciaram à imprensa americana que 15 medalhistas russos nos Jogos de Inverno e outros atletas foram dopados por autoridades russas.

Além disso, há relatos que agentes do Serviço Federal de Segurança, a antiga KGB, manipularam amostras de urina durante o evento poliesportivo, para evitar que algum caso fosse revelado.

EFE   
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