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Olimpíada 2016

Policiais franceses compartilham técnicas com a PM do Rio para Jogos de 2016

19 nov 2015 - 20h20
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Policiais do Rio de Janeiro fizeram nesta quinta-feira uma exibição de parte das técnicas antidistúrbios aprendidas em um treinamento com agentes franceses visando os Jogos Olímpicos de 2016.

A simulação de uma operação de controle de distúrbios foi realizada na sede do Batalhão de Choque da PM do Rio de Janeiro, onde agentes lançaram bombas de efeito moral e de fumaça contra um manifestante violento, controlado sem a necessidade de uso de armas de fogo.

O cabo chefe da Companhia Republicana de Segurança (CRS) da Polícia Nacional Francesa, Antonio José Marçal, explicou à Agência Efe que, assim como em seu país, os policiais brasileiros "vão utilizar mais gás tradicional e água" para reprimir manifestações violentas, assim como "manobras corpo a corpo entre policiais e manifestantes para evitar enfrentamentos".

"Como os Jogos Olímpicos estão chegando, todo o mundo vai olhar para vocês e seu país nos pediu que ensinássemos umas táticas", acrescentou o francês, que participou junto com uma tenente e um agente das duas semanas de treinamento com os brasileiros.

No total, 50 agentes da Polícia Militar participaram da edição deste ano desse curso, realizado desde 1999 no Rio de Janeiro.

"Já tivemos treinamentos com os franceses, inclusive de mergulho, de franco-atirador, de uso de cães, de cães farejadores. Então, são vários ramos policiais abrangidos. O de agora é de controle de distúrbios", comentou o coronel André Silva, comandante do Batalhão de Choque da PM do Rio de Janeiro.

Apesar da curiosidade despertada pelas operações antiterroristas dos últimos dias em Paris, Marçal afirmou que é um tema sobre o qual sua companhia não tem competência. As perguntas sobre terrorismo surgiram ao longo do treinamento, mas o cabo explicou que sua equipe é responsável pela segurança em grandes eventos.

"Se houvesse terrorismo, o serviço especializado viria. Com eles é igual aqui. Na França é assim: cada um tem seu trabalho e sua função. Nós atuamos com multidão e há o serviço que faz o que se viu há dois dias, que entrou em edifícios procurando por terroristas", disse Marçal.

Os franceses já tinham compartilhado suas técnicas antidistúrbios para a Copa do Mundo de 2014. Agora, até o dia 27 de novembro, preparam a Polícia Militar para os Jogos Olímpicos de 2016.

"Estamos aqui para isso: para esses eventos, se houver distúrbios. Se fosse mais perigoso, viria conosco o serviço especializado em terrorismo. Somos os primeiros a chegar a um evento", explicou.

EFE   
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