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Olimpíada 2016

Rio 2016 encerra reuniões com 5 modalidades sem definição sobre sedes

20 fev 2013 - 07h47
(atualizado às 07h47)
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O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, se reúne na tarde desta quarta-feira para uma coletiva de imprensa no intuito de apresentar o saldo final dos três dias de encontro com a Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional. Além disso, também deve explicar as cinco indefinições a cerca das arenas onde serão realizadas as disputas de rúgbi, hóquei sobre a grama, esgrima, basquete e saltos ornamentais.

<p>Sem falar com a imprensa, Carlos Arthur Nuzman evita um parecer sobre sedes</p>
Sem falar com a imprensa, Carlos Arthur Nuzman evita um parecer sobre sedes
Foto: Bruno Santos / Terra

Nos encontros fechados para a imprensa nos últimos dois dias, o comitê organizador não deu posição oficial sobre nenhuma destas pendências – o presidente, Carlos Arthur Nuzman, não conversou em nenhum momento com os jornalistas, sendo que a assessoria de imprensa do órgão também não passou nenhum posicionamento oficial para os assuntos. Ficou tudo para a entrevista coletiva desta quarta-feira, com várias pendências a serem esclarecidas.

A primeira é relativa às provas de saltos ornamentais. Após um pedido da Federação Internacional de Natação (Fina) apontando um conflito de calendários com o polo aquático, pediu a transferência da modalidade do Parque Aquático Maria Lenk, na zona oeste, para o Forte de Copacabana, na zona sul. Uma estrutura provisória seria construída na área militar, onde eventos são recorrentes, para se aproveitar ainda a paisagem local, com o pão de açúcar ao fundo, um dos cartões postais do Rio.

O comitê do Rio 2016 não confirmou a informação, mas de acordo com o secretário nacional de Alto Rendimento do ministério do Esporte, Ricardo Leyser, “é uma ideia boa, a localidade também, mas ainda não pensamos em como colocar uma piscina ali”. O secretário complementa, no entanto, dizendo que “a proposta de adaptação da Fina não gera muito impacto, não estamos falando de estádios”.

O custo da estrutura provisória ainda não foi divulgado, mas, segundo Leyser, ficará a cargo da Rio 2016, que já apresentou o projeto para o alto escalão do ministério do Esporte. As provas de polo aquático permanecem tendo o Parque Aquático Maria Lenk como local da disputa. Aliás, será a única modalidade disputada no equipamento que teve um custo total de R$ 85 milhões aos cofres públicos e foi erguido para os Jogos Pan-Americanos de 2007.

O comitê que organiza a primeira Olimpíada na América do Sul analisa ainda outras duas pendências envolvendo agora a esgrima e o basquete. Ambas as federações internacionais requisitaram mudanças. A do esporte individual quer que as disputas, que incluem ainda o pentatlo moderno, saiam do Complexo de Deodoro, no extremo oeste, e passe para o Parque Olímpico de Jacarepaguá.

Já a Federação Internacional de Basquete (Fiba), como explica Leyser, “requisitou formalmente o pedido de mais uma arena”, no caso, em Deodoro, uma vez o ginásio do Parque Olímpico não atenderia a alta demanda de partidas e treinamentos tanto no masculino, quanto no feminino. A ideia é que os jogos da fase de classificação dos grupos sejam numa arena de menor porte, com cerca de 5 mil lugares, em Deodoro, e os da fase decisiva, em Jacarepaguá.

<p>Estádio de Moça Bonita pode ser sede do rúgbi, podendo ter capacidade triplicada</p>
Estádio de Moça Bonita pode ser sede do rúgbi, podendo ter capacidade triplicada
Foto: Paulo Sèrgio / Agência Lance

Por fim, dois esportes menos populares no Brasil tem situação indefinida. O hóquei sobre a grama tem previsão de disputa no Complexo de Deodoro, mas, nos bastidores, a informação é que a modalidade também possa ir para o Parque Olímpico, muito embora a presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos, tenha negado esta hipótese.

A situação do rúgbi, porém, é a mais controversa. Única modalidade declaradamente sem uma casa definida, passa por duas opções. A primeira e mais viável seria a utilização do estádio do Engenhão, mas não poderiam ser mais do que cinco dias de disputa para a modalidade que estreia em Jogos Olímpicos para não conflitar com o calendário extenso do atletismo, que será disputado no estádio também construído para o Pan, em 2007.

A saída pode ser o Estádio de Moça Bonita, no extremo oeste, que pertence ao Bangu, fato que agrada, e muito, o prefeito Eduardo Paes, que anunciou na última segunda-feira que, se o presidente da Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, aprovar a mudança, “eu começo as obras amanhã”, com a ampliação do local de 5 mil para 15 mil lugares.

Fonte: Terra
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