PUBLICIDADE

Olimpíada 2016

Rio corta arquibancada flutuante e voluntários para adequar orçamento

19 jan 2016 - 13h51
Compartilhar
Exibir comentários

A organização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 precisou fazer cortes na estrutura para equilibrar seu orçamento. A menos de 200 dias do início das Olimpíadas, anunciou que não construirá a arquibancada flutuante da Lagoa Rodrigo de Freitas, que seria utilizada para as provas de remo e canoagem, e diminuiu o número de voluntários e carros usados no evento.

As mudanças anunciadas pelo Comitê Organizador dos Jogos do Rio 2016 foram feitas para tentar manter os gastos dentro do orçamento de R$ 7.4 bilhões e afetaram todas as estruturas temporárias. Algumas são arquibancadas, como no caso do remo - era prevista a construção de um espaço para 10 mil pessoas e depois para 4 mil antes da ideia ser abandonada. Outras são administrativas, como escritórios para federações internacionais e pessoal de segurança, que podem ser substituídos por tendas.

“Nós achamos as eficiências que precisávamos, temos o apoio do Comitê Olímpico Internacional (COI) e da maioria das federações internacionais, embora uma outra fique mais brava. Toda vez que fizemos revisão no orçamento fomos conversar. Por isso demorou. Foram quase quatro meses, mas equilibramos o orçamento”, explicou o diretor-executivo de comunicação do Rio 2016, Mário Andrada.

As últimas definições na mudança das estruturas temporárias virão após uma reunião da organização dos Jogos com as federações internacionais na sede do COI, em Lausanne, em 1º e 2 de fevereiro. O número de cadeiras nas arquibancadas para os eventos de vôlei de praia, por exemplo, ainda não foi decidido.

Além da redução de todas as estruturas temporárias, o Comitê Organizador dos Jogos

economizou ao reduzir o número de voluntários que serão utilizados durante o evento. Diminuiu-se de 70 mil para 50 mil pessoas. Dessa forma, abate-se o gasto com uniformes, transporte, alimentação e treinamento.

Segundo Andrada, a grande diminuição do número de voluntários foi possível pela revisão na estrutura utilizada e o nível das pessoas que se inscreveram no programa para trabalhar de graça durante as Olimpíadas. Foram 240 mil interessados, muitos com nível superior. Parte do trabalho que antes era dos voluntários passará a servidores públicos aposentados, que receberam autorização especial para trabalhar no evento.

A organização dos Jogos também reduziu o número de veículos utilizados de 5 mil para 4 mil e alterou as datas em que passará a administrar as estruturas. A Vila Olímpica, por exemplo, seria entregue ao comitê em janeiro. Agora só passa às mãos do evento em março.

“Nós negociamos com nossos parceiros da Prefeitura e construtoras. Temos acesso limitado à Vila, podemos fazer algumas mudanças, mas não assumimos a responsabilidade. Portanto, não assumimos o custo. É um trabalho conjunto”, disse Andrada.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade
Publicidade