Rio de Janeiro quer usar Jogos Olímpicos como vitrine para investimentos
29 out2012 - 13h15
(atualizado às 14h43)
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O prefeito Eduardo Paes afirmou, nesta segunda-feira, que pretende usar os Jogos Olímpicos de 2016 para "vender" a cidade brasileira como um bom lugar para se investir.
"Queremos mostrar que o Rio é, além de um lugar lindo com gente alegre, um bom lugar para se investir", disse o prefeito durante o ato de abertura de um seminário sobre a organização dos Jogos Olímpicos.
Paes disse que "o menos importante" dos Jogos é o número de turistas que serão atraídos à cidade durante os 15 dias de competição, em comparação com a "oportunidade fantástica" que surge para atrair fundos e capitalizar obras.
Por conta dos Jogos, a prefeitura está impulsionando várias obras de infraestrutura que incluem a construção de estradas, linhas de metrô, faixas exclusivas de ônibus, reforma da zona portuária e um plano para urbanizar todas as favelas da cidade até 2020, segundo comentou o prefeito.
"Temos que entender que o evento já começou. As pessoas olham para o Rio de Janeiro com mais atenção, não apenas 15 dias. Temos que aproveitar ao máximo e melhorar a imagem da cidade", disse.
O prefeito fez uma chamada às empresas e ao setor privado para que estimulem a atração de negócios e convidou os meios de comunicação para que "vendam" o país no exterior para favorecer esse fluxo de investimentos.
Além das obras e das possibilidades de negócios, o prefeito disse que os Jogos terão como "primeiro legado" levar o Brasil a assumir compromissos, planejar eventos e cumprir prazos.
Paes também considerou que o evento olímpico pode favorecer a mudança de certos costumes da população do Rio de Janeiro, entre eles o "hábito porco" de jogar lixo na rua.
O download de informações confidenciais referente à Olimpíada de Londres 2012 feito sem autorização por funcionários ligados ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 não deixou sequelas entre as partes. Quem garante é o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman
Foto: Bruno Santos / Terra
"Nada, não ficou nada", respondeu Nuzman nesta terça-feira, em entrevista concedida na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), na capital paulista, quando questionado sobre uma possível retaliação por parte do Comitê Organizador dos Jogos de Londes (Locog) devido ao caso. "Ao contrário, tenho falado com eles permanentemente"
Foto: Bruno Santos / Terra
Em novembro, ocorrerá no Rio de Janeiro o debriefing de Londres 2012, no qual responsáveis pela organização da Olimpíada britânica serão recebidos na capital fluminense em um evento que reunirá dez dias de apresentações sobre a experiência de sediar os Jogos Olímpicos
Foto: Bruno Santos / Terra
Descartando qualquer espécie de saia-justa no evento, Nuzman afirmou aos jornalistas: "esse debriefing é uma transferência de conhecimento e vai ser ótimo, vocês vão estar lá"
Foto: Bruno Santos / Terra
Segundo o site oficial do Comitê Rio 2016, estarão presentes ainda organizadores da Olimpíada de Inverno Sochi 2014 e Pyeongchang 2018 e os candidatos à organização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2020
Foto: Bruno Santos / Terra
O debriefing é parte da estratégia de transferência de conhecimento do Comitê Olímpico Internacional (COI)