Por Olimpíada, Ana Marcela propõe "bancar" própria ida a Londres
30 jan2012 - 08h04
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Klaus Richmond
Direto de Santos
Ana Marcela ainda acredita que poderá disputar a sua segunda Olimpíada. A chance de competir em Londres, condicionada à desistência de uma das classificadas, é vista como possível para a nadadora que se propõe, inclusive, a viajar pelo "próprio bolso" para poder não perder principal o evento esportivo mundial.
"Não sei como vai funcionar, a Poliana está confirmada. Preciso esperar para saber do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) se vou viajar junto. Se tiver essa chance, com certeza vale a pena ir. Até mesmo se, infelizmente, precisar tirar do meu bolso também faria isso para tentar chegar lá e nadar", disse ao Terra.
"Na Olimpíada passada uma competidora desistiu e quem entrou no lugar foi bem, ficou entre as primeiras. É complicado, mas não posso deixar de acreditar", completou.
A nadadora está como reserva pelo 11º lugar em Xangai, em julho do último ano. Na ocasião, Poliana Okimoto confirmou a classificação ao ficar entre as dez primeiras. As demais classificadas serão definidas na prova de Setúbal, em Portugal, em junho.
"Não posso nem competir lá, só me resta resperar que alguém desista mesmo. Sou a primeira reserva, em Setúbal sairão mais 14 ou 15 classificadas", explicou.
Ana Marcela ainda cogita passar a possibilidade a Marcelo Teixeira, ex-presidente do Santos e um dos donos da Universidade Santa Cecília, pela qual compete há seis anos, e acredita que será respaldada: "coloquei o nome do Santa lá em cima, sei que posso contar com ele, também".
Campeã do circuito mundial de Maratona Aquática em 2010, a brasileira iniciou o ano com a terceira colocação em Santos. O circuito conta com oito etapas. A próxima será disputada em Viedma, na Argentina, no próximo dia 4.
Aos 16 anos, fenômeno teen da natação e favorita em Londres vive dilema: continuar competindo como amadora em equipes colegiais, o que ela adora; ou profissionalizar-se e começar a ganhar muito dinheiro. Conheça a americana Missy Franklin
Foto: Getty Images
Melissa "Missy" Jeanette Franklin, 16 anos, é a mais nova estrela teen da natação americana. Já é tida como uma das favoritas para mais de uma prova nos Jogos Olímipicos de Londres. E, junto com a equipe americana, é detentora do recorde mundial do revezamento 4x100 m medley, e individualmente, dos 200 m costas em piscina curta
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No ano passado, em Xangai, Missy Franklin participou pela primeira vez de um Campeonato Mundial em piscina longa. Ela conquistou nada menos que cinco medalhas, sendo três de ouro (revezamento 4x200 m livre, 200 m costas e revezamento 4x100 m medley), uma de prata (revezamento 4x100 m livre) e uma de bronze (50 m costas). O feito contribuiu para que ela fosse eleita a Nadadora do Ano da Fina (Federação internacional de Natação)
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Franklin vive atualmente um grande dilema: profissionalizar-se, o que lhe renderá generosos prêmios em dinheiro, contrato com fornecedores de material esportivo, e patrocínio; ou manter-se amadora, estudar em uma universidade e continuar fazendo o que mais gosta, que é competir em uma equipe. "A equipe é muito importante para mim", diz Franklin. "Eu amo fazer parte de um time. Para mim, é uma das melhores sensações do mundo"
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Se a jovem nadadora decidir se profissionalizar, terá que abrir mão das competições organizadas pela NCAA, instituição responsável pelo esporte universitário e colegial nos Estados Unidos
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Por causa de sua vontade de competir por uma equipe colegial, Franklin já deixou de ganhar R$ 225 mil em prêmios e recusou três ofertas de patrocínio. Sua mãe, uma médica, largou o trabalho com desenvolvimento de pacientes com deficiência para cuidar da agenda da filha e ser sua "assessora de imprensa"
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Comparações com o fenômeno Michael Phelps já existem. Uma grande diferença é que ele se tornou profissional com apenas 15 anos, o que o permitiu contratar um agente, e claro, ficar com o dinheiro das premiações. Os pais de Franklin já discutiram sobre como as perspectivas podem mudar depois dos Jogos de Londres, onde ela pode disputar até sete provas. Phelps, por exemplo, recebeu um bônus de R$ 1,74 milhão da Speedo, seu patrocinador, por ter vencido os oito ouros em Pequim
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Mesmo depois de ver a filha no topo dos mais importantes pódios mundiais, os pais de Missy ainda se deleitam ao vê-la competir pela Regis Jesuit High School, sua equipe colegial. "É muito divertido se sentar e ver aquelas garotas tão animadas", afirma o pai, Dick, um executivo de uma empresa de tecnologia de limpeza. "Estas são pequenas coisas que mantêm a natação como um todo, divertida para ela"