Scheidt e Prada mantêm vice-liderança em torneio com rivais olímpicos
5 abr2012 - 14h55
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O vento fraco e regular da raia em Palma de Maiorca, na Espanha, é o principal desafio de Robert Scheidt e Bruno Prada, que fizeram um quinto e um 17º lugar nas regatas desta quinta-feira no Troféu Princesa Sofia. Com o descarte do último resultado, os velejadores, primeiros do ranking mundial da classe Star, se mantêm na vice-liderança da competição, com 48 pontos perdidos. Os britânicos Iain Percy e Andrew Simpson são os líderes do torneio, com 40.
Para Robert Scheidt, a vice-liderança, neste momento da disputa, superou as expectativas da dupla, que desde a fase de treinos contava com regatas difíceis, devido ao vento fraco. "Chegamos em boa colocação nas primeiras boias, mas encontramos dificuldades no vento em popa. Estamos trabalhando duro para acertar a velejada de popa", disse Scheidt. "É visível que está sendo difícil para todos os competidores. Nós teremos que nos superar para ultrapassar os ingleses."
Atuais campeões olímpicos, os ingleses Iain Percy e Andrew Simpson são os principais rivais de Scheidt e Prada nos Jogos de Londres. Outros velejadores com presença assegurada na Olimpíada também estão na disputa do Troféu Princesa Sofia, segunda etapa da Copa do Mundo de Vela em 2012, entre eles os franceses Xavier Rohart e Pierre Alexis Ponsot, os italianos Diego Negri e Enrico Voltolini e os suecos Fredrik Loof e Max Salminen.
A classe Star tem previstas 11 regatas no Troféu Princesa Sofía e segue até o próximo sábado, com a disputa dos dez primeiros colocados na medal race. Scheidt e Prada, que foram campeões da Copa do Mundo de Vela em 2011 e já venceram a primeira etapa da competição neste ano, ainda vão participar de outras duas etapas, além do Mundial de Hyéres. Também estão no calendário dois períodos de treinos em Weymouth, nas mesmas raias que serão utilizadas pela categoria nos Jogos Olímpicos, em julho.
Confira a classificação da Star após oito regatas e um descarte:
1º - Iain Percy / Andrew Simpson, Inglaterra, 40 pontos perdidos (17+4+1+7+12+3+6+7)
2º - Robert Scheidt / Bruno Prada, 48 pontos perdidos (14+10+3+4+7+5+5+17)
3º - Hamish Pepper / Jim Turner, Neozelândia, 49 pontos perdidos (5+3+9+8+13+9+2+15)
4º - Fernando Echavarri / Fernando Rodriguez Rivero, Espanha, 50 pontos perdidos (3+12+8+5+16+4+18+2)
5º - Marin Lovrovic / Dan Lovrovic,Croácia, 51 pontos perdidos (OCS+5+6+12+4+7+11+6)
6º - Flavio Marazzi / Enrico De Maria, Suíça, 52 pontos perdidos (4+13+11+9+1+OCS+10+4)
7º - Xavier Rohart / Pierre Alexis Ponsot, França, 53 pontos perdidos (1+8+17+25+9+14+1+3)
8º - Johannes Polgar / Markus Koy, Alemanha, 58 pontos perdidos (6+11+5+15+6+22+7+8)
9º - Fredrik Loof / Max Salminen, Suécia, 62 pontos perdidos (15+6+7+10+OCS+1+22+1)
10º - Richard Clarke / Tyler Bjorn, Canadá, 63 pontos perdidos (2+16+10+2+11+18+13+9)
Londres 2012 no Terra
O Terra, maior empresa de internet da América Latina, transmitirá ao vivo e em alta definição (HD) todas as modalidades dos Jogos Olímpicos de Londres, que serão realizados entre os dias 27 de julho e 12 de agosto de 2012. Com reportagens especiais e acompanhamento do dia a dia dos atletas, a cobertura contará com textos, vídeos, fotos, debates, participação do internauta e repercussão nas redes sociais.
Brasileiro cria "volta olímpica" após ouro no salto triplo:
Os britânicos estão insatisfeito com o uniforme olímpico moderno, querem impedir atletas com histórico de doping de competir e exigem padrão de qualidade para que seus representantes não decepcionem em casa; Entenda a postura rígida do Reino Unido para os Jogos Olímpicos de Londres
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Padrão de qualidadeApesar de ser agraciado com o direito de colocar representantes em todas as modalidades olímpicas por ser país-sede, o Reino Unido exige de seus atletas padrões mínimos de qualidade para confirmar o uso das vagas. A equipe de ginástica rítmica não alcançou a meta e quase ficou fora do evento
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Padrão de qualidadeO objetivo do Comitê Organizador comandado por Sebastian Coe, em parceria com o Comitê Olímpico Britânico, é assegurar representatividade para que haja um legado em todos os esportes
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Padrão de qualidadeA equipe feminina de ginástica rítmica ficou a apenas 0.273 da meta exigida no evento-teste para a Olimpíada e foi excluída do evento. As atletas precisaram recorrer ao Sports Resolution UK, tribunal independente criado para resolver disputas na área esportiva
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Doping Para o Comitê Olímpico Britânico (BOA), trata-se de uma questão de honra não contar com atletas que tenham caso de doping no histórico. Um atleta tenta romper essa tradição: Dwain Chambers
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Doping Atletas com condenação por uso de substâncias ilegais são impedidos de disputar Olimpíada pelo Comitê Olímpico Britânico, independentemente da punição já ter sido cumprida. Para a Agência Mundial Antidoping (Wada), a medida configura um castigo extra e seria ilegal
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Doping Chambers foi pego por doping em 2003, admitiu o erro, ajudou nas investigações e cumpriu os dois anos de suspensão do esporte. Agora, tenta obter a liberação com a ajuda da Agência Mundial Antidoping
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Wild cardExcluído do revezamento da Tocha Olímpica pelo território britânico, o ex-esquiador Eddie Edwards expôs uma opinião do presidente do Comitê Organizador Local dos Jogos de Londres, o ex-atleta Sebastian Coe: a contrariedade ao wild card
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Wild Card O Wild Card é um passe que permite que atletas possam disputar o evento mesmo sem ter cumprido os critérios de classificação pré-estabelecido. Seu uso mais comum é para incentivar o desenvolvimento do esporte em nações carentes. Coe seria contrário por acreditar que apenas os melhores merecem vaga
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Wild CardO presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, também já se manifestou neste sentido, defendendo o fim do sistema de distribuição de vagas
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Britânicos de Plástico "Britânicos de plástico" foi a denominação usada para se referir a atletas não nascidos na Grã-Bretanha, mas que representarão o país nos Jogos Olímpicos de Londres. As críticas vêm principalmente pela conveniência encontrada pelos estrangeiros no time britânico e pela falta de patriotismo dos mesmos
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Britânicos de plástico O maior exemplo disso vem da velocista Tiffany Porter, que nasceu nos Estados Unidos, é filha de pai nigeriano e mãe britânica, e foi a capitã do time de atletismo da Grã-Bretanha no Mundial Indoor de Istambul, em março. Um jornalista pediu à atleta para cantar o hino ingles God Save the Queen durante uma entrevista, e ela não soube recitar sequer os primeiros versos
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Uniforme "moderno" Desenhado por Stella McCartney, filha do ex-Beatle Paul McCartney, o uniforme britânico para os Jogos Olímpicos tem traços modernistas que desconstroem a bandeira do Reino Unido, espalhando formas geométricas pelo tecido. No entanto, não agradou entre os britânicos
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Uniforme "moderno" Os jornais fizeram muitas críticas ao modelo principalmente por não apresentar a bandeira britânica de forma clara. A falta do vermelho também incomodou muito, gerando um temor de que pudesse causar protestos por parte dos atletas galeses
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Uniforme "moderno" O jornal The Guardian até resgatou um estudo indicando que atletas em vermelho se destacam mais em competições