Ciclista italiano que admitiu autotransfusão é suspenso por 12 anos
19 abr2012 - 12h28
(atualizado às 13h47)
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O Tribunal Nacional Antidoping do Comitê Olímpico Italiano puniu com 12 anos de suspensão o ciclista Riccardo Riccò, acusado de ter realizado uma autotransfusão de sangue, procedimento proibido pelas entidades de controle antidopagem.
Russo leva a melhor na ginástica artística, em Sydney:
A decisão corroborou pedido da promotoria italiana contra Riccò, formulado em outubro do ano passado. Inicialmente, o ciclista havia sido suspenso preventivamente por três meses.
A punição acontece após o italiano ter admitido a autotransfusão de sangue ao dar entrada em um hospital de Modena, no norte da Itália, com febre alta e insuficiência renal, em fevereiro do ano passado.
O médico que o atendeu afirmou que Riccò admitiu ter utilizado no procedimento sangue conservado em um frigorífico durante 25 dias. O atleta negou a autotransfusão durante meses, até reconhecer que recebeu uma "solução de ferro" sanguínea, segundo ele, por prescrição médica.
Esta não foi a primeira vez que Riccò esteve envolvido em caso de doping. Em 2008 ele foi punido em 20 meses de suspensão pelo uso de CERA (eritropoietina de efeito prolongado), durante o Tour da France, em que havia ganhado duas etapas.
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Detentor dos recordes mundiais nos 100 m e 200 m rasos (9s58 e 19s19, respectivamente), o jamaicano Usain Bolt é considerado o homem mais rápido do mundo. No entanto, para John Barrow, que publicou artigo na revista britânica Significance, o atleta pode correr 0s10 abaixo de sua melhor marca nos 100 m apenas com a ajuda da matemática, sem alterações nos treinos ou performance atlética. Confira o caminho apontado pelo cientista para Bolt "voar" na pista:
Foto: Getty Images
Reação:Apesar de ser o velocista mais rápido do mundo, Bolt ainda "apanha" dos adversários na largada. Nos Jogos de Pequim 2008, o atleta foi o segundo mais lento a reagir após o tiro, e no Mundial de Berlim, quando quebrou o recorde mundial no ano seguinte, teve a terceira pior saída
Foto: Getty Images
Como o jamaicano consegue correr até 10,6 m/s, ele precisa melhorar seu tempo de reação. Em Pequim, o atleta largou 0s165 após o tiro, mas o homem mais rápido naquela noite o fez em 0s133. Se Bolt conseguir melhorar o reflexo na largada para os mesmos 0s13 do adversário, ele chegaria à marca de 9s56, um novo recorde mundial. E se o velocista fosse ao limite do corpo humano, com 0s1 de reação, a marca chegaria 9s53
Foto: Getty Images
Vento em popaÉ notório que a velocidade do vento influencia no resultado das corridas, empurrando consideravelmente os atletas. Por isso, um recorde mundial somente é considerado válido se o vento soprar a 2 m/s, no máximo
Foto: Getty Images
No caso de Bolt contar com o vento máximo permitido de 2 m/s na final dos 100 m rasos, no dia 5 de agosto, no Estádio Olímpico de Londres, mantendo o mesmo desempenho do Mundial de Berlim, o recorde mundial cairá 0s05
Foto: Getty Images
AltitudePara Bolt melhorar mais ainda sua performance na curta distância, uma grande ajuda seria competir em locais de altitude elevada. Segundo o estudo de Barrow, o jamaicano perderia 0s03 a cada 1.000 m acima do nível do mar, por conta do ar mais rarefeito, que causa menor atrito. Entretanto, o atleta não contará com este fator nos Jogos de Londres, pois a capital britânica está situada praticamente no nível do mar, com 24 m de altitude
Foto: Getty Images
Assim como o vento, a altitude também reflete no registro das melhores marcas da história. Para que um recorde seja computado, o local da competição deve estar a 1.000 m, no máximo, acima do nível do mar
Foto: Getty Images
Cenário idealSegundo o cientista, Bolt tem grande chance de quebrar a própria marca e firmar cada vez mais seu nome na história. Se o atleta conseguir o cenário ideal, com ventos de 2 m/s, altitude de 1.000 m e uma reação na largada de 0s1, o atleta chegaria à estonteante marca de 9s45, 0s13 - uma "eternidade" na prova - abaixo do atual melhor tempo nos 100 m rasos