Ativistas pressionam COI para banir países que proíbem gays
15 jun2012 - 11h34
(atualizado em 18/6/2012 às 10h21)
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Apesar dos direitos dos homossexuais terem evoluído bem nos últimos anos, a homossexualidade ainda permanece criminalizada em muito países. A oportunidade ideal para os militantes seria os Jogos Olímpicos de Londres, por ser um cenário global, o evento serviria como um trampolim para uma mudança.
Os ativistas estão se perguntando porque o Comitê Olímpico Internacional (COI) - com o ideal "esporte para todos" - continua recebendo, em seus eventos, nações que proíbem a relação homossexual.
O advogado britânico, defensor dos direitos humanos, Mark Spehens, disse que o COI precisa sair do armário e que a ideia de "esporte para todos" deveria ser independentemente de cor, sexo ou orientação sexual. Segundo ele, é uma questão de dignidade humana.
Stephens pediu ao COI, para proibir cerca de 75 países - principalmente da África, Caribe e do mundo islâmico - onde a atividade homossexual é considerada fora da lei.
Emmanuelle Moreau, porta-voz do COI, não deu nenhuma indicação se a entidade tomaria alguma iniciativa em relação à isso e afirmou apenas que qualquer forma de discriminação com relação a um país ou uma pessoa por motivos de raça, religião, política ou sexo é incompatível com o ideal do Movimento Olímpico.
Londres 2012 no Terra
O Terra, maior empresa de internet da América Latina, transmitirá ao vivo e em alta definição (HD) todas as modalidades dos Jogos Olímpicos de Londres, que serão realizados entre os dias 27 de julho e 12 de agosto de 2012. Com reportagens especiais e acompanhamento do dia a dia dos atletas, a cobertura contará com textos, vídeos, fotos, debates, participação do internauta e repercussão nas redes sociais.
Além de atletas, dirigentes, turistas e torcedores, Londres deve receber entre 27 de julho e 12 de agosto muitos chefes de Estado para acompanhar os Jogos Olímpicos de 2012. A expectativa do Comitê Organizador é da presença de pelo menos 120 líderes políticos. Alguns deles, no entanto, devem se abster do espetáculo: estão "banidos" por problemas com a ONU ou por conta da postura em relação à política externa mundial. O jornal The Guardian listou os "indesejáveis"; veja
Foto: Getty Images/AFP / Getty Images
Robert MugabePresidente do Zimbábue, está proibido de entrar em países da União Europeia por ser considerado responsável por "atividades que comprometem seriamente a democracia, o respeito pelos direitos humanos e o Estado de Direito". Está no poder desde 1980 e, desde que se tornou presidente, já foi reeleito seis vezes. É criticado por atitudes ditatoriais no país africano.
Foto: Getty Images
General Antonio IndjaiChefe de Estado-Maior General das Forças Armadas de Guiné-Bissau, Antonio Indjai encabeça a lista de individualidades alvos de sanções por parte da União Européia. A intervenção realizada no país em 12 de abril, a qual foi encabeçada pelo militar, foi considerado Golpe de Estado
Foto: AFP
Vladimir PutinFontes diplomáticas europeias têm divulgado que o presidente da Rússia não comparecerá aos Jogos Olímpicos por sua conturbada relação com políticos britânicos, devendo, então, enviar um representante. O Reino Unido concedeu asilo político a rivais de Putin em meados dos anos 2000, período em que assumiu a presidência russa pela primeira vez
Foto: Getty Images
Bashar al-AssadPresidente da Síria desde 2000, tem enfrentado protestos que incendiaram o mundo árabe por reformas democráticas. Com o país à beira de uma guerra civil, a repressão tem sido forte e com utilização do exército sírio, o que fez com que países do mundo todo, incluindo a União Europeia e os Estados Unidos
Foto: AFP
Mahmoud AhmadinejadO polêmico presidente do Irã, suspeito de conduzir um programa nuclear clandestino com o objetivo de produção de armamento e famoso por negar o holocausto, não aparece na lista de banidos da União Europeia, mas já declarou que sua presença nos Jogos Olímpicos é "indesejada", e por isso não deve comparecer a Londres
Foto: Getty Images
Alexander LukashenkoDescrito como "o último tirano da Europa", Lukashenko (à esq.) é presidente da Bielorrússia desde 1994 e tem governo controverso e amplamente criticado por atitudes ditatoriais. O líder pós-soviético está na lista de pessoas proibidas de receber visto para os Estados Unidos e para a União Europeia