Dirigente britânico nega surpresa com "avalanche" de apelos
15 jun2012 - 15h11
(atualizado em 18/6/2012 às 10h14)
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Clive Woodward, diretor de alto desempenho da Associação Olímpica Britânica (BOA, em inglês), afirmou que já estava preparado para a "avalanche" de apelos que foram apresentados por atletas nas últimas semanas, segundo informou o jornal inglês The Telegraph.
Faltando pouco mais de um mês para o início dos Jogos de Londres, muitos atletas britânicos que não conseguiram a classificação optaram por tentar conquistar a vaga nos tribunais, mantendo vivo o sonho de disputar uma Olimpíada "em casa".
Woodward, que é ex-jogador de rúgbi e foi técnico da seleção inglesa na conquista da Copa do Mundo de 2003 da modalidade, afirmou que realmente houveram mais apelos do que o normal, mas a BOA falou com países que sediaram a Olimpíada recentemente e eles também tiveram este problema.
Um dos casos mais famosos desta edição dos Jogos é o do lutador de taekwondo Aaron Cook, que é o número 1 do ranking mundial da modalidade em sua categoria de peso e, por enquanto, está fora da Olimpíada. Outros apelos mais recentes envolvem atletas da esgrima e dos saltos ornamentais.
O maior número de atletas britânicos classificados para Londres comparado aos Jogos de Pequim 2008 (550 a 300) é um dos motivos apontados por Woodward para a maior quantidade de apelos.
O dirigente disse que a função da BOA nesta questão é garantir que o processo seja justo, e falou que entende perfeitamente o motivo de um atleta querer entrar na equipe para disputar uma Olimpíada "caseira".
Para Woodward não existe certo ou errado no processo seletivo, que deve permitir que todo atleta tenha uma chance justa. Ele considera a seleção um assunto muito emotivo, e afirmou que é ótimo dar boas notícias a certos atletas, mas ele tem que dar más notícias para um número muito maior de esportistas.
Londres 2012 no Terra
O Terra, maior empresa de internet da América Latina, transmitirá ao vivo e em alta definição (HD) todas as modalidades dos Jogos Olímpicos de Londres, que serão realizados entre os dias 27 de julho e 12 de agosto de 2012. Com reportagens especiais e acompanhamento do dia a dia dos atletas, a cobertura contará com textos, vídeos, fotos, debates, participação do internauta e repercussão nas redes sociais.
Além de atletas, dirigentes, turistas e torcedores, Londres deve receber entre 27 de julho e 12 de agosto muitos chefes de Estado para acompanhar os Jogos Olímpicos de 2012. A expectativa do Comitê Organizador é da presença de pelo menos 120 líderes políticos. Alguns deles, no entanto, devem se abster do espetáculo: estão "banidos" por problemas com a ONU ou por conta da postura em relação à política externa mundial. O jornal The Guardian listou os "indesejáveis"; veja
Foto: Getty Images/AFP / Getty Images
Robert MugabePresidente do Zimbábue, está proibido de entrar em países da União Europeia por ser considerado responsável por "atividades que comprometem seriamente a democracia, o respeito pelos direitos humanos e o Estado de Direito". Está no poder desde 1980 e, desde que se tornou presidente, já foi reeleito seis vezes. É criticado por atitudes ditatoriais no país africano.
Foto: Getty Images
General Antonio IndjaiChefe de Estado-Maior General das Forças Armadas de Guiné-Bissau, Antonio Indjai encabeça a lista de individualidades alvos de sanções por parte da União Européia. A intervenção realizada no país em 12 de abril, a qual foi encabeçada pelo militar, foi considerado Golpe de Estado
Foto: AFP
Vladimir PutinFontes diplomáticas europeias têm divulgado que o presidente da Rússia não comparecerá aos Jogos Olímpicos por sua conturbada relação com políticos britânicos, devendo, então, enviar um representante. O Reino Unido concedeu asilo político a rivais de Putin em meados dos anos 2000, período em que assumiu a presidência russa pela primeira vez
Foto: Getty Images
Bashar al-AssadPresidente da Síria desde 2000, tem enfrentado protestos que incendiaram o mundo árabe por reformas democráticas. Com o país à beira de uma guerra civil, a repressão tem sido forte e com utilização do exército sírio, o que fez com que países do mundo todo, incluindo a União Europeia e os Estados Unidos
Foto: AFP
Mahmoud AhmadinejadO polêmico presidente do Irã, suspeito de conduzir um programa nuclear clandestino com o objetivo de produção de armamento e famoso por negar o holocausto, não aparece na lista de banidos da União Europeia, mas já declarou que sua presença nos Jogos Olímpicos é "indesejada", e por isso não deve comparecer a Londres
Foto: Getty Images
Alexander LukashenkoDescrito como "o último tirano da Europa", Lukashenko (à esq.) é presidente da Bielorrússia desde 1994 e tem governo controverso e amplamente criticado por atitudes ditatoriais. O líder pós-soviético está na lista de pessoas proibidas de receber visto para os Estados Unidos e para a União Europeia