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Ginástica

Não foi fácil ver meu irmão ontem, desabafa Daniele Hypolito

29 jul 2012 - 08h02
(atualizado às 08h20)
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Cirilo Júnior
Direto de Londres

A ginasta Daniele Hypolito desabafou após sua participação na competição por equipes da ginástica artística feminina. Daniele não negou que a eliminação de seu irmão, Diego, na competição masculina, no último sábado, mexeu com seus nervos na hora de competir neste domingo.

Daniele Hypolito não se apresentou bem no solo
Daniele Hypolito não se apresentou bem no solo
Foto: Reuters

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"Para mim não foi fácil assistir à competição do meu irmão ontem (sábado). Aquilo ajudou um pouco, vim bem tensa para a competição, mas ao mesmo tempo tem que saber separar um pouco as coisas, e hoje (domingo) era o meu momento", afirmou Daniele, que acrescentou ainda não ter tido oportunidade de consolar o irmão, que caiu de barriga na disputa do solo masculino.

"Ainda não consegui, vou conversar com ele agora. Ontem só dei um beijinho nele, e tentei me focar ao máximo para hoje", completou.

Neste domingo, Daniele teve um início claudicante defendendo o País, com falhas bastante aparentes nas apresentações no solo, quando chegou a ter duas quedas, e no salto. A ginasta, porém, recuperou-se nos dois aparelhos seguintes - barras paralelas e trave -, tendo um bom desempenho.

Falando sobre a Seleção Brasileira, Hypolito lembrou-se da preparação turbulenta, marcada pela polêmica exclusão de Jade Barbosa, e pelos cortes devido a lesões de Lais Souza e Adrian Gomes, já no período de aclimatação na Inglaterra.

"A gente é humano, está sujeito a falhas. Acho que isso pode acontecer só a quem se propõe a fazer isso, quem tem coragem de enfrentar muita coisa. Tudo pelo que passamos não foi pouco, passamos por diversas turbulências, então acho que competimos muito bem", frisou.

Em relação a possíveis críticas por seu desempenho em Londres, Daniele disse não se importar com as opiniões de pessoas que não participam do universo da ginástica artística.

"Não importa se o fã vai xingar a gente, se vai falar que a equipe é ruim, que a gente amarelou. Acho que as pessoas, para poder falar, têm de passar pelo que a gente passou. Muita gente só vê o grande final, que é a hora que vocês mostram, quando aparece lesão, quando corta alguém. Mas ninguém conhece ao fundo tudo o que a gente passou para chegar até aqui", comentou a atleta.

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Fonte: Terra
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