Família questiona regras e consola ginasta eliminada que chorou
A eliminação precoce da ginasta Jordyn Wieber, campeã do individual geral de ginástica artística no Mundial de Tóquio, em 2011, continua repercutindo nos EUA. Familiares da atleta questionaram as regras da competição e usaram a internet para consolá-la. A ex-ginasta Shawn Johnson, que ficou com uma medalha de ouro e três de pratas em Pequim 2008, também se sensibilizou com a atual estrela da ginástica dos EUA.
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Na ginástica, a regra da competição estabelece que apenas duas atletas por país podem ir à final, o que provocou a eliminação de Wieber, que ficou com a pior nota entre as três americanas, mas fez a quarta melhor pontuação no geral.
Segundo afirmou Johnson ao site Ivillage, a mãe da atleta, Rita Wieber, questionou em seu blog se as oito melhores do mundo não deveriam se classificar à decisão independentemente da nacionalidade. Rita ainda teria afirmado que não faz sentido algum o resultado e que não se importa com o que as regras dizem.
Já o irmão da atleta, Ryan Wieber, foi mais polêmico e afirmou que a regra é antiamericana. Segundo ele, o país sempre tem três ou quatro ginastas entre as oito melhores de cada modalidade. Ryan ainda afirmou que a regra não permitir que as oito melhores cheguem à final é algo estúpido. Revoltado, o irmão disse que essa norma tem de ser revista de maneira urgente, mesmo que sua irmã já tenha sido prejudicada pela decisão atual.
Wieber também apontou que, apesar da derrota da irmã, está contente pela classificação de Alexandra Raisman. O fato curioso da eliminação da campeã mundial é que Raisman é companheira de quarto de Jordyn na Vila Olímpica e se define como a "melhor amiga" da conterrânea.
Apesar de se dizer com o coração partido em relação à queda de Wieber, a Johnson afirmou que fatos como esse acontecem em uma Olimpíada e que, infelizmente, na ginástica a decisão dos juízes é o fato mais importante. Ela ainda disse acreditar que todos os americanos estão surpresos com a situação.
Mais experiente que Wieber, apesar da pouca idade (20 anos), Johnson aconselhou a conterrânea. Ela afirmou que Jordyn ainda é uma das melhores do mundo, senão a melhor, e disse que a ginasta deve levantar a cabeça porque ainda tem tempo para correr atrás do sonho do ouro olímpico.
Mas não foram só familiares e especialistas que repercutiram a decisão. O site americano Operation Sports também criticou o regulamento que excluiu Wieber da final. Segundo o site, a americana foi vítima de uma regra ridícula. A publicação ainda analisa que a Olimpíada tem de reconhecer os melhores do mundo. O site ainda reclamou da classificação da espanhola Ana Maria Izurieta, que avançou à final fazendo 6 pontos a menos que a americana.
Com a desclassificação, Jordyn Wieber pode ter perdido até US$ 2 milhões (R$ 4,06 milhões), segundo o americano USA Today. O periódico consultou analistas em marketing esportivo que afirmam que a ginasta vencedora do torneio olímpico no individual geral pode conseguir de US$ 250 mil (R$ 507,7 mil) a US$ 500 mil (mais de R$ 1 milhão) anualmente nos próximos quatro anos, até os próximos Jogos Olímpicos. Jordyn Wieber ainda competirá na final por equipes em Londres, mas não pode mais ser a campeã do individual geral, o que era seu grande objetivo.
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