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Ginástica

Menos badalado, Zanetti pode chegar onde Daiane e Hypólitos não foram

2 ago 2012 - 15h16
(atualizado às 16h32)
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Daiane dos Santos e os irmãos Daniele e Diego Hypólito são os nomes que levaram a ginástica artística brasileira a um novo patamar de reconhecimento, mas falharam em momentos decisivos e não conseguiram dar ao país uma medalha olímpica. Praticamente um desconhecido, Arthur Zanetti está a caminho de chegar lá.

Ginasta foi vice-mundial nas argolas e é candidato a medalha em Londres
Ginasta foi vice-mundial nas argolas e é candidato a medalha em Londres
Foto: Marcelo Pereira / Terra

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O ginasta classificou-se para a final da prova de argolas, da qual é o atual vice-campeão mundial, com a 4ª melhor nota e, por ser um estreante em Olimpíada, se vê livre da pressão por resultados, ao contrário de seus adversários mais experientes e que chegaram a Londres com o peso de comprovar o favoritismo. A final será na segunda-feira.

"Esta é minha primeira Olimpíada, me sinto bem preparado e acredito que a pressão maior está sobre aqueles ginastas que vão defender seus títulos aqui em Londres", disse Zanetti, 22 anos.

"Vou fazer meu melhor para repetir os bons resultados dos últimos anos, mas sei que eles são consequência da minha prova no dia da competição, e é nela que vou me concentrar agora", acrescentou o ginasta paulista, que além do vice-campeonato mundial em 2011 ainda conquistou a medalha de ouro no evento-teste realizado em Londres antes da Olimpíada.

Desde que Daiane dos Santos conquistou o título mundial do solo em 2003, a ginástica artística do Brasil vive a expectativa de levar sua primeira medalha em uma Olimpíada.

Em Atenas, Daiane frustrou um grande número de torcedores que passou a acompanhar o esporte ao pisar fora do tablado em sua apresentação do solo e terminar em 5º lugar.

Diego Hypólito foi o responsável pela maior frustração de quatro anos atrás, em Pequim, quando também falhou no solo na Olimpíada depois de ter conquistado dois títulos mundiais. O ginasta caiu na final e terminou em 6º.

Em Londres, ele repetiu a dose, com mais um tombo, deixando Zanetti como única esperança do país de finalmente subir ao pódio, uma vez que a equipe feminina sofreu diversos problemas em sua preparação - incluindo o corte às vésperas dos Jogos de Jade Barbosa, a melhor ginasta do país, por questões contratuais - e não se classificou para nenhuma final.

Série mais difícil na final

Se foram as mulheres que abriram as portas para o esporte no Brasil - antes de Daiane e Daniele, Luisa Parente foi finalista olímpica em Seul-1988 -, atualmente são os homens que carregam a bandeira da ginástica artística brasileira.

Sérgio Sasaki terminou em 10º na final do individual geral em Londres, melhor resultado da história para o Brasil, e Zanetti vive a expectativa de uma medalha que possa repercutir no país e aumentar o apoio ao esporte.

"A ginástica masculina vem ganhando seu espaço de maneira contínua e, o que é mais importante, sólida e consistente. Chegamos muito perto de classificar uma equipe completa para Londres. Conseguimos classificar, pela primeira vez na história, três atletas para os Jogos. Acredito que o reconhecimento do masculino tem crescido bastante, mas que ainda temos muito potencial para evoluir", disse o ginasta.

"Esta medalha pode abrir muitas portas para a ginástica do Brasil. Espero que com isto melhore os incentivos feitos diretamente nos atletas para 2016."

Zanetti teve nas eliminatórias a melhor nota de execução, 9.116, mas ficou em 4º porque não forçou tanto no grau de dificuldade (6.500). Para a final olímpica, sua apresentação terá um grau mais complicado para partir do mesmo nível de pontuação que os adversários. O principal deles é o chinês Cheng Ybing, atual campeão olímpico.

"Os dois primeiros elementos que eu faço são os de grande dificuldade, por isto começo com eles e também faço duas maltezas (ficar com o corpo na horizontal com os braços esticados segurando as argolas) que tem o valor F, que é o grau de maior dificuldade nas argolas", explicou.

"O diferencial não está na dificuldade da série pois quase todos tem a mesma nota de partida, o diferencial será a execução dos movimentos."

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