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Lutas

Após ouro inédito, técnica destaca evolução do judô feminino

2 ago 2012 - 17h31
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A jovem Mayra Aguiar, 20 anos, é um retrato da evolução do judô feminino brasileiro. Antes do bronze nos Jogos Olímpicos de Londres, ela conquistou uma prata e um terceiro lugar em mundiais. Com duas medalhas na Inglaterra, já que Sarah Menezes faturou o ouro, a técnica Rosicléia Campos destaca o ganho de terreno da modalidade.

Rosicleia Campos lutou para o judô feminino ter o mesmo sucesso que o masculino
Rosicleia Campos lutou para o judô feminino ter o mesmo sucesso que o masculino
Foto: Daniel Ramalho / Terra

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"É claro que tenho minha cota de colaboração. Eu briguei, encarei presidente, coordenador. Até do site eu tomava e conta e reclamava quando tinha mais matérias do masculino que do feminino. Antes, não aceitava comparações com eles, porque o investimento era outro. Hoje, está tudo exatamente igual", afirmou a treinadora.

Com um total de 18 medalhas, o judô é o esporte brasileiro que mais subiu ao pódio na história dos Jogos Olímpicos. Ainda assim, Mayra Aguiar foi apenas a terceira mulher do País a conquistar uma medalha no evento. Antes dela, Sarah Menezes, também em Londres, e Ketleyn Quadros, bronze nos Jogos de Pequim, em 2008, também alcançaram o feito.

Como judoca, Rosicléia disputou as edições de Barcelona, em 1992, e Atlanta, em 1996, dos Jogos Olímpicos. Ela assumiu um cargo na comissão técnica da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) na temporada de 2005 e, desde então, viu o segmento feminino crescer.

"Eu sempre quis fazer algo diferente do que foi ofertado para mim. Quando a gente trabalha, não pensa em competir com o masculino. O feminino não tinha nada, zero. Enquanto o masculino sempre teve tudo. Então, já era previsto que a evolução do feminino chegasse mais rapidamente e com mais consistência", explicou.

Com a decepção de favoritos como Leandro Guilheiro e Tiago Camilo, a única medalha da seleção masculina veio com Felipe Kitadai, bronze. Nesta sexta-feira, os judocas Rafael Silva e Maria Suelen Altheman lutam para fechar a participação do judô brasileiro na Inglaterra.

Se comemorou as duas medalhas inéditas nos Jogos Olímpicos de Londres, Rosicléia Campos lamentou o incidente com a judoca Rafaela Silva. Desclassificada por um golpe ilegal, a judoca discutiu com torcedores em seu perfil no Twitter e diz ter recebido ofensas racistas.

"O Brasil é um país com gente miscigenada, todo mundo tem um negro na família e vem alguém para ofender desse jeito? Isso é muito cruel e não tem como não se abalar. Como vamos conter uma menina de 20 anos que foi ofendida dessa forma? Todo mundo sentiu isso. Ela tem uma trajetória de vida surpreendente", defendeu.

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