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Esportes Aquáticos

Após anos de treino brutal, sensação chinesa é confundida com menino

2 ago 2012 - 23h30
(atualizado em 3/8/2012 às 00h46)
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Nem mesmo o recorde histórico de Michael Phelps, o maior medalhista olímpico da história, ou a vitória da lituana Ruta Meilutyte, 15 anos, nos 100 m peito, conseguiram fazer passar em branco outro fenômeno dos Jogos de Londres: a chinesa Shiwen Ye, que aos 16 anos é bicampeã olímpica. Ela conquistou o ouro nos 200 m medley e nos 400 m medley, quando foi mais rápida nos 50 metros finais que o americano Ryan Lochte, vencedor da mesma prova no masculino.

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Mas para se tornar sensação de uma Olimpíada, Ye passou por treinamentos brutais, ao ponto de ligar para casa aos prantos, e chega a ser confundida com meninos. Foi o que revelaram os pais da nadadora ao jornal britânico Daily Mail.

Aos seis anos, ela foi retirada de uma escola primária para fazer parte de um programa de elite esportiva. Por causa da obsessão da China em dominar o esporte desde a Olimpíada de Pequim, em 2008, Shiwen foi submetida a uma maratona de treinos. A adolescente teve que treinar várias vezes em altitudes elevadas e em muitas ocasiões chegava a ligar para os pais chorando muito. Foi o que disse Ye Qingsong, 45 anos, pai da atleta.

Pelo menos agora, como uma heroína nacional, ela tem permissão para ligar para os pais porque, segundo eles, o governo chinês havia retirado o celular de Shiwen para que ela se dedicasse inteiramente aos treinos. Quando tinha entre 11 e 14 anos só podia se comunicar com os parentes aos domingos.

Ver os pais só era permitido uma vez na semana, algo considerado cruel para uma criança de apenas 11 anos. A mãe, Ning Yiqing, 43, confessou que com a ausência da filha e pela falta de comunicação sentia que "havia perdido algo" e que a casa da família parecia sempre muito vazia.

Por causa do tempo que passou nas piscinas, Shiwen Ye evita ao máximo ter que usar touca de natação. Para poder treinar sem o acessório, ela sempre mantém o cabelo curto, o que faz com que ainda hoje seja confundida com meninos várias vezes.

Apesar de todas as privações, de ter que suportar a ausência da filha, os pais da bicampeã olímpica se dizem orgulhosos pelo fato de que tudo "valeu a pena" agora que ela é uma heroína na China. Além disso, eles se dizem gratos ao estado chinês porque durante este período todo foi o governo que arcou com as despesas escolares dos filhos.

O casal revela que o período mais difícil foi a puberdade, já que com as emoções a flor da pele, combinado com a dura rotina de treinos, Ye se irritava com tudo. De acordo com a mãe da garota, até conversar com ela se tornou algo "muito difícil".

Agora o pior passou e, com o jornal que tem a filha na capa, segurando a medalha de ouro conquistada em Londres, eles afirmam que nada foi em vão.

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Para ser bicampeã olímpica, chinesa sensação dos Jogos passou por treinamentos brutais
Para ser bicampeã olímpica, chinesa sensação dos Jogos passou por treinamentos brutais
Foto: Reuters
Fonte: Terra
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