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Esportes Aquáticos

De quase afogado a exemplo; veja a maior ameaça ao ouro de Cielo

3 ago 2012 - 02h38
(atualizado às 02h56)
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A máxima de que dos piores momentos é possível tirar coisas boas pode definir a vida do nadador americano Cullen Jones, que nesta sexta-feira será a maior ameaça ao bicampeonato olímpico do brasileiro Cesar Cielo na prova dos 50 m livre, marcada para ocorrer às 16h09 (horário de Brasília). Isso porque bem antes de chegar à final dos 50 m livre Jones teve que superar um quase afogamento, fato que o levou às piscinas e a virar um exemplo para a comunidade negra americana.

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Tudo começou quando Cullen Jones, nascido na cidade de Nova York em 29 de fevereiro de 1984, tinha oito anos de idade. Seus pais, Ronald e Debra Jones, resolveram fazer uma viagem a um parque aquático. A visita, que tinha tudo para ser comum, quase acabou em tragédia. Em um dos brinquedos, Jones ficou de ponta-cabeça e chegou a perder a consciência enquanto se afogava. Foi salvo pelo pai, que pulou na piscina para resgatá-lo, e por salva-vidas, que realizaram uma massagem cardíaca para reanimá-lo. A partir deste momento, resolveu aprender a nadar. E, como fica claro atualmente, não parou só no aprendizado básico.

"CJ", como é chamado pelos amigos, conseguiu, com a natação - apesar da insistência do pai para praticar basquete -, o principal feito que um jovem americano persegue: entrar em uma faculdade, em seu caso a Universidade Estadual da Carolina do Norte. Pelo time da universidade, treinava e competia na natação e nos saltos ornamentais. Entretanto, foi só a natação que o levou ao sucesso e a virar exemplo para os afro-americanos.

A primeira vez que competiu com o time nacional dos Estados Unidos de natação foi no Pan-Pacífico de 2006, quando levou ouro no revezamento 4x100 m, ao lado da estrela Michael Phelps. O atleta só marcaria mesmo seu nome na história em 2008, na Olimpíada de Pequim: ao conseguir entrar no time olímpico americano, tornou-se apenas o terceiro nadador negro dos Estados Unidos a disputar os Jogos, após Anthony Ervin e Maritza Correia.

Tal sucesso lhe deu a imensa responsabilidade de se tornar uma inspiração para os afro-americanos. Em entrevistas antes dos Jogos de 2008, dava um exemplo básico sobre a situação da natação em sua comunidade: ao conversar com crianças, perguntava quem gostava de natação e todos levantavam as mãos, mas ao questionar quem praticava, todos abaixavam.

De fato, o pensamento de que negros não podem nadar é uma constante nos Estados Unidos: um estudo de 2007 da federação americana mostra que 60% das crianças afro-americanas não sabem nadar. Perspectiva que Jones luta para poder mudar não só através de palestras, mas com seu desempenho, que o levou a uma final individual olímpica.

Para chegar ao grande momento da carreira, foram muitas horas de treinamentos. Quase incontáveis: são de 5 a 6 horas diárias (que totalizam 8.000 m por dia) em 6 dias por semana. Com tanto tempo gasto dentro da piscina, quase não sobra espaço para viver fora dela. CJ, entretanto, diz que consegue jogar videogame e sair com os amigos, seus passatempos preferidos. É também fã de filmes, em geral os de ação: entre os favoritos, cita Snatch - Porcos e Diamantas e Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes.

No futuro, Cullen Jones espera escrever para uma revista masculina. O presente é, com certeza, muito mais interessante. Com o melhor tempo ao lado de Cesar Cielo na semifinal dos 50 m livre, tem a chance de ganhar a primeira medalha individual em uma Olimpíada - em 2008 e 2012, levou conquistas apenas no revezamento. Sem dúvida, o pódio olímpico ou até um possível ouro seria o feito da vida do nadador que chegou a ver a morte bem perto dentro de uma piscina.

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Nadador americano Cullen Jones (dir) fez tempo idêntico ao do brasileiro na semifinal dos 50 m livre
Nadador americano Cullen Jones (dir) fez tempo idêntico ao do brasileiro na semifinal dos 50 m livre
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Fonte: Terra
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