Japoneses temem que supremacia no tatame tenha acabado
"O judô japonês está morto". Este foi o veredito condenatório dos jornalistas que assistiram desanimadamente o peso-pesado Daiki Kamikawa ser eliminado após perder nas oitavas de final, na sexta-feira, consolidando o pior desempenho do judô do Japão em uma Olimpíada.
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O Japão, terra natal do esporte, esperava conquistar, ao menos, metade dos 14 títulos disputados em Londres, se não mais, com a maioria dos lutadores nas equipes masculina e feminina sendo campeões mundiais ou número um no ranking mundial.
Enquanto uma série de um ouro, três pratas e três bronzes poderia ter feito a alegria da maioria dos países, o quarto lugar no quadro de medalhas do judô não foi bom o suficiente para a equipe japonesa, nem para seu público.
"As pessoas estão muito, muito preocupadas. O Japão tem que fazer uma revolução, eles não podem ter o mesmo resultado no Rio", disse Koichiro Kobayashi, repórter esportivo do jornal Tokyo Shimbun.
Desde 1964, quando o judô se tornou esporte olímpico nos Jogos de Tóquio, os japoneses conquistaram 36 medalhas de ouro e 72 no total, mas o fracasso do judô masculino, de conquistar um ouro, foi inédito na história da Olimpíada.
Os resultados em Londres seguem uma queda geral no judô japonês em anos recentes. Os competidores japoneses venceram 8 dos 14 ouros do judô nos Jogos de Atenas, em 2004, mas quatro anos depois, em Pequim, conquistaram apenas quatro.
Desta vez eles depositaram as esperanças em sangue novo, com 12 judocas que se qualificaram disputando uma Olimpíada pela primeira vez. Nem a equipe, nem o técnico deram a entender que esta foi a razão da falta de títulos, no entanto.
"Eu não sei por que as performances da semana foram as que vimos", disse Mika Sugimoto, após conquistar o ouro nos pesos-pesados feminino. "Eu estava bastante confiante de que tínhamos treinado mais do que os atletas de outros países, então não sei porque não conseguimos mais medalhas."
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