Conheça cubano que desperta sede de vingança em Yamaguchi Falcão
"Anote bem esta data, pois hoje começo minha cadeia de triunfos que culminará com o título nos Jogos Olímpicos de Londres". A declaração, bastante confiante, foi dada por Julio Cesar la Cruz Peraza em 21 de dezembro do último ano. Passados pouco mais de sete meses, quem tentará parar o cubano, atual campeão do mundo na categoria meio-pesado, em Londres é o brasileiro Yamaguchi Falcão. E o atleta nacional, filho do lendário boxeador Touro Moreno, busca revanche.
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Em outubro de 2011, os dois se enfrentaram no ringue de Guadalajara, no México, pela final da categoria nos Jogos Pan-Americanos. Quem se deu melhor foi o cubano, que venceu nos pontos, por 22 a 12, e se consagrou com um ano encantado, que terminou com 34 vitórias e apenas duas derrotas. Pouco antes, em Baku, no Azerbaijão, Peraza já tinha levado o Campeonato Mundial de Boxe Amador. Entretanto, para chegar ao 2011 mágico, "Chacha", como o cubano é chamado no mundo do boxe, penou muito e até passou por dificuldades.
Nascido na cidade de Camagüey - que já revelou quatro campeões mundiais do boxe - em 11 de agosto de 1989, Peraza começou no esporte aos seis anos de idade. Filho do treinador cubano de boxe Ramiro Basulto, o atual campeão mundial deu os primeiros passos no Ginásio Casino, em Camagüey, sob o comando do técnico Barbaro Guaso. Contou com o apoio tanto de Guaso quanto de seu pai para chegar aos primeiros triunfos na modalidade.
Com 18 anos, o boxeador cubano ganhou o torneio Playa Girón e atraiu a atenção da equipe nacional. Começou a treinar na Escola Nacional de Boxe e participou do time cubano que tentou ir aos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, marcado pelo ineditismo da falta de medalhas de ouro para o país, tradicional na modalidade. Foi crucificado pela imprensa e expulso do time nacional no ano seguinte, decisão que considera a "maior injustiça da carreira".
Julio Cesar la Cruz Peraza só voltaria a fazer parte do time que representa Cuba em competições internacionais no ano de 2010. Desta vez, com aulas do treinador Raul Fernandez, a quem considera o responsável pela sua ascendência na carreira. Fernandez, que diz só treinar "campeões", fez do boxeador, considerado apenas defensivo na época, um atleta ofensivo e agressivo. E, realmente, um campeão mundial.
Com o desempenho de 2011, Peraza foi eleito o melhor atleta de Cuba e o maior boxeador das Américas. O esportista, que faz aniversário no próximo sábado, um dia antes da final olímpica de sua categoria, quer de presente a medalha de ouro em Londres. Para isso, terá que passar por cima do sonho de uma medalha do brasileiro Yamaguchi Falcão, que já viu seu irmão Esquiva conquistar ao menos o bronze na capital britânica. A luta, marcada para as 18h30 (de Brasília) desta quarta, promete.
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