Yamaguchi elimina campeão do mundo e garante medalha no boxe
8 ago2012 - 19h04
(atualizado às 20h15)
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Allan Farina
Direto de Londres
O brasileiro Yamaguchi Falcão teve boa apresentação nesta quarta-feira contra o cubano Julio La Cruz Peraza, seu algoz na final do Pan-Americano de 2011 e atual campeão do mundo da categoria meio-pesados (para atletas de até 81 kg), surpreendeu e conseguiu a vitória por 18 a 15. O combate, realizado na Arena Excel, rendeu ao Brasil mais uma medalha no boxe - o lutador sul-americano irá tentar, agora, brigar pelo ouro nas demais lutas, sendo que seu próximo rival será o russo Eigor Mekhontcev.
O brasileiro foi melhor que o rival no primeiro round. Enquanto o cubano dançava à sua frente e tentava golpes com menos força, Yamaguchi acertou bons cruzados de esquerda e empolgou. Contudo, os árbitros viram o mesmo número de toques de ambos os lutadores e deu igualdade por 4 a 4.
No segundo round, Yamaguchi continuou com uma postura ofensiva e distribuiu diversos socos no rival. La Cruz, experiente, respondia com golpes de direita, mas recebeu mais cruzados do que levou - em um deles, ficou até desequilibrado. A boa atuação deu a vantagem ao brasileiro, que venceu por 6 a 5.
Yamaguchi voltou ainda melhor e mais confiante para a última parcial. Acertou um cruzado de direita que levou o cubano à lona, e partiu para cima do rival. O cubano tentava interromper o combate, mas depois se reergueu e acertou bons ataques. Mesmo assim, vitória de Yamaguchi Falcão, que fez 8 a 6 e passou às semifinais.
A brasileira Adriana Araújo confirmou nesta quarta-feira a "cor" da segunda medalha da história do boxe em Jogos Olímpicos. A atleta, aluna de Luiz Dórea (ex-treinador de Popó e atual de Junior "Cigano", campeão peso pesado do UFC), acabou derrotada pela russa Sofya Ochigava, vice-campeã mundial neste ano, por 17 a 11 e ficou com o bronze na categoria peso leve (até 60 kg), destinada aos derrotados nas semifinais do torneio da modalidade
Foto: AP
O resultado negativo desta quarta-feira, o segundo consecutivo para a russa (Adriana foi superada nas quartas de final do Mundial deste ano) confirmou o segundo bronze da história do boxe brasileiro em Olimpíadas
Foto: Reuters
A primeira medalha do País ocorreu na Cidade do México, em 1968, quando Servílio de Oliveira subiu no degrau mais baixo do pódio. Foi também a 100ª premiação da história do esporte nacional nos Jogos
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Em busca de garantir o melhor resultado da história do boxe brasileiro em uma Olimpíada, Adriana Araújo assumiu uma postura agressiva no início do combate desta quarta-feira. Entretanto, diante de um adversária experiente, a brasileira sofre com a velocidade da rival, que apostou nos contra-ataques para manter o duelo equilibrado. Ao final do primeiro round, as duas pugilistas terminaram empatadas por 3 a 3
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A velocidade da atleta russa afetou a brasileira na parcial seguinte. Variando a sequência entre jabs e cruzados, Sofya Ochigava encaixou bons golpes e conseguiu neutralizar a potência de Adriana. O desempenho nos dois minutos convenceu os juízes, que deram uma vantagem de dois pontos para a competidora europeia. Placar de 5 a 3
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Em desvantagem, Adriana adotou uma postura mais solta no terceiro round. Agressiva dentro do ringue, a brasileira chegou a atacar a atleta russa até em momento no qual a rival ajeitava os shorts - o árbitro não interrompeu o combate e, por consequência, não puniu a baiana. No final, a representante nacional encaixou dois diretos, mas que não foram suficientes para virar o duelo: 5 a 3 para Ochigava
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A vantagem de quatro pontos fez a diferença no último round. Adriana precisou adotar uma postura ainda mais ofensiva, na busca pelo empate, e abriu a guarda durante a maior parte da parcial. A russa, experiente e ciente do jogo da baiana, trabalhou no contra-ataque
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A russa confirmou a tranquila vitória depois de oito minutos de duelo
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Os juízes deram 4 a 2 no último round e 17 a 11 no geral a favor de Sofya Ochigava
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Apesar da tristeza pela derrota, Adriana pode comemorar a primeira medalha do boxe feminino brasileiro