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Jogos Olímpicos - 2012

Sem final, B. Fontes passa por shopping antes de volta para casa

9 ago 2012 - 14h39
(atualizado às 15h01)
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EMANUEL COLOMBARI
Direto de Londres

O velejador Bruno Fontes embarca nesta quinta-feira para o Brasil após disputar a Olimpíada de 2012. Sem conquistar o resultado esperado na classe laser, na qual foi o 13º colocado, Bruno chegou a Londres na quarta-feira após competir por cinco dias em Weymouth, costa sul da Inglaterra. Em pouco tempo, conviveu com atletas do Brasil na Vila Olímpica e passeou em um shopping próximo ao lado do Parque Olímpico.

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Sem muitos sorrisos por ter ficado fora da regata da medalha na classe que disputa, Bruno passou apressado pelo centro de compras ao lado do colombiano Andrey Quintero, que ficou com o 40º lugar na star. Mesmo deixando o shopping com algumas sacolas na mão, Bruno vai embora da Inglaterra com lembranças tristes.

"Na verdade, eu cheguei um dia e meio atrás. Estava ajudando a equipe dentro do possível. Só cheguei aqui porque tem que passar por Londres para ir para o Brasil. Vi o jogo de vôlei (masculino, Brasil 3 x 0 Argentina), mas não estou muito no espírito de estar conhecendo e passeando. Na vela, a Vila era em outro lugar, não tive a possibilidade de ter essa convivência com outros atletas", afirmou, retornando após "uma semana dura".

"Não foi perto do meu objetivo, já que eu vim com real chance de medalha. Era o terceiro do ranking mundial, vinha de bons resultados, e acabei não fazendo a final. É logico que ficar entre os dez ou ficar em quarto é a mesma coisa. Eu arrisquei muito para tentar vencer as regatas, acabei arriscando e errando mais do que habitual. Fiz uma preparação boa, dei meu melhor, mas o resultado não veio", lamentou.

Antes de deixar a Inglaterra, Bruno Fontes ainda se esquivou da pressão pelos resultados conquistados por seu principal antecessor na classe, campeão da classe laser nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996, e de Atenas, em 2000. Além disso, mostrou-se pronto para enfrentar o processo de renovação da modalidade, apontado como necessário pelo chefe da delegação na Olimpíada de Londres, Cláudio Biekarck, ao Terra.

"Eu não vejo essa pressão, não tenho essa preocupação. É um rotulo que a mídia acaba criando. Eu faço meu trabalho. Acabei tendo apoio nos últimos dois anos por causa do meu resultado - antes, eu não tinha tanto apoio quanto tenho hoje. A pressão do esporte acontece para todo mundo, é natural", disse Bruno, prometendo superar a concorrência interna para brigar por um pódio na laser na Olimpíada de 2016.

"Outros velejadores vão vir, mas vão ter que suar para ganhar de mim, porque eu ainda tenho muita lenha pra queimar. Meu objetivo ainda não foi alcançado, eu quero alcançar ele no Rio", emendou.

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Bruno Fontes passeou em shopping após eliminação em Londres
Bruno Fontes passeou em shopping após eliminação em Londres
Foto: Emanuel Colombari / Terra
Fonte: Terra
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