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Vôlei

Algozes do Brasil, alemães falam em jogo "duro" e evitam polêmica

9 ago 2012 - 20h44
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Marina Novaes
Direto de Londres

Invictos durante toda a Olimpíada, os alemães Julius Brink e Jonas Reckermann não só foram campeões olímpicos no vôlei de praia, como também acabaram com as esperanças do Brasil de levar um ouro no esporte. Antes de derrotarem Emanuel e Alison nesta quinta-feira, em uma final apertadíssima e disputada ponto a ponto, eles já haviam eliminado os também brasileiros Ricardo e Pedro Cunha nas quartas de final. Estreantes na Olimpíada, os atletas alemães elogiaram o desempenho dos rivais brasileiros, e disseram que chegaram a temer uma derrota, após Emanuel e Alison salvarem três match points no tie-break.

Com medalha de ouro, alemães (no centro) exaltam jogo de brasileiros na final
Com medalha de ouro, alemães (no centro) exaltam jogo de brasileiros na final
Foto: Marcelo Pereira / Terra

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"Nós ficamos bem preocupados (após a dupla brasileira impedir três vezes seguidas o fechamento do jogo). Nós teríamos ficado arrasados se tivéssemos perdido", disse Brink. "Dessa vez nós tivemos que lutar até o último momento", admitiu Reckermann, para quem a frieza psicológica foi o que pesou no final. "Nós nos controlamos mais que antes, apenas pensando no próximo ponto, não na partida toda", explicou.

A dupla evitou, porém, comentar a polêmica em torno do último ponto do tie-break, que foi motivo de reclamação dos brasileiros. Enquanto Alison e Emanuel insistem que a bola caiu dentro da quadra dos adversários - o que seria um ponto brasileiro -, Brink e Reckermann reafirmaram que o ataque dos rivais foi falho, mesma percepção do árbitro da partida.

"Eu até tentei alcançar a bola. Mas graças a Deus eu não consegui. Eu sabia que a bola tinha ido pra fora, e eu só aguardei o juíz confirmar isso", disso Brink, ao ser questionado sobre a polêmica. "A gente não vai chorar aqui por ponto. (...) A gente tem o direito de pedir pro juiz descer. Ele não desceu, estava muito convicto de que a bola foi fora, mas eu até puxei o câmera. Mas não vamos chorar, realmente a bola foi dentro", disse Alison, ao deixar a arena de Horse Guards Parade, visivelmente decepcionado com a derrota, apesar da conquista da medalha de prata.

Apesar da polêmica em relação ao ponto que encerrou a partida, e que garantiu a vitória da Alemanha, a dupla brasileira elogiou os adversários, que consideraram merecedores da vitória, por 2 sets a 1. Neste ano, Brink e Reckermann disputaram apenas dois campeonatos do circuito internacional de vôlei, se dedicando exclusivamente para a Olimpíada de Londres.

Já tradicional no Brasil, o vôlei de praia começou a ganhar popularidade nos últimos anos na Europa, mas ainda não é um esporte muito acompanhado no continente. Para Emanuel, porém, os europeus têm "imitado" os brasileiros e americanos e a tendência é que comece a surgir novas duplas fortes no vôlei de praia vindos da Europa.

"Nos últimos três anos o nível técnico do vôlei de praia europeu cresceu muito. Eles estão imitando muito o estilo americano e brasileiro de jogar vôlei. Contrataram profissionais, tem agora profissionais preparados que os acompanham, então eles estão chegando no nosso nível. E também estão indo treinar durante o verão no Brasil, então estão aprendendo com os nossos profissionais. Então a partir de agora todos os jogos vão ser decisivos. Essa é uma dupla muito séria, eles jogaram só dois campeonatos nesse ano e se prepararam apenas para a olímpiada. Então essa foi a escolha deles", avaliou.

Fonte: Terra
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